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O que pode causar o Uso Contínuo de Omeprazol?




O omeprazol é um inibidor da bomba de próton que atua diminuindo a quantidade de ácido produzida pelo estômago.

Principais Indicações : 
  • Úlceras gástricas (estômago) e duodenais (intestino) 
  • Refluxo gastroesofágico (quando o suco gástrico do estômago volta para o esôfago)
  • Usado também na combinação com outros antibióticos para tratar as úlceras associadas às infecções causadas pela bactéria Helycobacter pylori.
  • Tratar a doença de Zollinger-Ellison, que ocorre quando o estômago passa a produzir ácido em excesso. 
  • Dispepsia, condição que causa acidez, azia, arrotos ou indigestão. 
  • Usado também para evitar sangramento do trato gastrintestinal superior em pacientes seriamente doentes.
Reação Adversa mais comum (ocorrem entre ≥ 1% e 10% dos pacientes): 
  • Dor de cabeça, diarreia, constipação, dor abdominal, náusea, flatulência (gases), vômito, regurgitação, infecção do trato respiratório superior, tontura, rash (erupção cutânea), astenia (fraqueza), dor nas costas e tosse.

EFEITOS INDESEJADOS QUE PODE OCORRER COM O USO CONTÍNUO

A maioria dos efeitos indesejados do uso de inibidores da bomba (IBP) de próton ocorrem com o seu uso crônico, por vários anos. 

No que se refere à segurança dos IBP não há efeitos adversos graves em tratamentos em curto período de tempo, no entanto, potenciais riscos estão relacionados a tratamentos prolongados, dentre os quais se incluem: 
  • Variações na biodisponibilidade de outros medicamentos
  • Deficiência de vitamina B12
  • Diarreia por Clostridium difficile
  • Fratura óssea 
  • Desenvolvimento de gastrite atrófica, precursora de câncer. 
Alteração da Mucosa Gástrica

Em estudo realizado pelo Serviço de Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná observaram que 27,3% dos pacientes em uso prolongado de omeprazol apresentaram alterações proliferativas na mucosa oxíntica (glândulas presentes na mucosa gástrica). A maioria era do sexo masculino, com idade igual ou superior a 60 anos e faziam o uso de IBP em tempo igual ou superior a 24 meses. Ainda, de acordo com os autores os pólipos fúndicos esporádicos foram as únicas alterações encontradas.

Pode ocorrer desenvolvimento de gastrite atrófica, que consiste em uma gastrite crônica, com redução do número de glândulas, adelgaçamento da mucosa e alteração nas células do epitélio gástrico (metaplasia).

Diminuição da Absorção de Cálcio

O uso IBP está relacionado ao aumento de fraturas osteoporóticas e não osteoporóticas, estudos demonstram que a ocorrência das quedas relaciona-se ao tempo de uso e a dose. O mecanismo para esse aumento de quedas está relacionado a diminuição da absorção de cálcio devido modificações na secreção de ácido gástrico, apresentam-se que como maior parte do cálcio é na forma de sais insolúveis em água e como a solubilidade de cálcio dependente da acidez, a dissolução e absorção de cálcio é prejudicada devido a elevação do pH gástrico. Os IBP podem acarretar aumento no risco de fraturas de coluna, punho e total em mulheres pós-menopáusica

Em um trabalho publicado na Revista Brasileira de Ortopedia foram avaliadas as características ósseas de ratos que receberam ingestão diária de omeprazol durante 90 dias consecutivos em quatro diferentes doses (300, 200, 40 e 10 μmoL/Kg/dia). Os resultados desse estudo demonstram a influência da dosagem desse medicamento na densidade mineral óssea, uma vez que o grupo que recebeu a maior dose (OMP 300) apresentou menor mineralização óssea quando comparado ao grupo controle (Cont), resultado que pode ser associado à diminuição da concentração de Ca++ sérica nesse grupo. Contudo, não foi observada influência do uso de omeprazol nas propriedades mecânicas do tecido ósseo.

Em um estudo feito em 1993 por Mizunashi observou‐se a desmineralização óssea do fêmur dos ratos submetidos à administração diária de 300 μmoL/Kg/dia de omeprazol, o que pode sugerir uma predisposição para fraturas ósseas. 

Hipomagnesemia

O uso de IBP está ligado a ocorrência de hipomagnesemia, o que pode causar convulsões e hipocalcemia, indicando que o uso prolongado de IBP pode inibir o transporte ativo de magnésio no intestino, podendo resultar em complicações graves relacionadas a hipomagnesemia. 

Estudos epidemiológicos mostram uma relação entre o uso em longo prazo de inibidores de bomba de prótons e o metabolismo ósseo.

A falta de acidez reduz a absorção de magnésio e cálcio, podendo levar, a longo prazo, à redução da densidade dos ossos e maior risco de fraturas, principalmente em idosos. A absorção de vitamina B12 e ferro também estão reduzidas.

Diminuição da Acidez Gástrica pode ocasionar Infecções 


Nos paciente que fazem uso de omeprazol ou similar por tempo prolongado, a crônica redução da acidez gástrica pode facilitar a ocorrência de alguns problemas. O principal é o crescimento de bactérias no estômago, que habitualmente são inibidas pela acidez gástrica. Infecções intestinais por bactérias como Campylobacter, Salmonela e clostridium são mais comuns que na população em geral. O risco de pneumonia também torna-se maior.


INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS INIBIDORES DA BOMBA DE PRÓTON

O omeprazol, pantoprazol, lansoprazol e outros IBP podem apresentar interações medicamentosas com diversos medicamentos. As situações mais comuns serão descritas abaixo.

1- Os IBP podem reduzir a ação das seguintes drogas:

– clopidogrel, anti-fúngicos (ex: fluconazol, cetoconazol e itraconazol), micofenolato mofetil, mesalamina, indinavir, nelfinavir, risedronato, fenitoína e rifamicina.

2- Os IBP podem aumentar a ação das seguintes drogas:

– metotrexato, anfetaminas, benzodiazepinas (ex: diazepam), carvedilol, citalopram, escitalopram, ciclosporina, tacrolimos, e varfarina.

3- Anticoncepcional 

O omeprazol, pantoprazol, lansoprazol e similares não interferem no efeito da pílula anticoncepcional.


Fonte : MDSaúde, Revista Brasileira de Ortopedia

Qual é melhor, Omeprazol ou Pantoprazol?



De acordo com estudos científicos, não há diferenças significativas, eles possuem eficácia semelhante em doses comparáveis. 

Isso também se estende para os outros fármacos da classe. Os dois medicamentos são inibidores da bomba de prótons ou IBPs, e todos os fármacos dessa classe são “pró- fármacos” que necessitam ativação em ambiente ácido.

Diferença entre Omeprazol e Pantoprazol

Apesar da eficácia semelhante, as principais diferenças entres eles são: ⠀

- A "semi-vida plasmática" do omeprazol é de cerca de 30 a 60 min, enquanto a do pantoprazol é ligeiramente superior, de 60 a 120 min. O efeito farmacológico persiste por quase um dia inteiro (apesar da meia-vida ser inferior a 2h). Isso acontece porque a inibição da bomba de prótons é irreversível e o estômago precisa sintetizar novas bombas para recuperar a função perdida de secreção ácida.

- A absorção oral de pantoprazol é melhor que omeprazol, pois ele é ligeiramente mais ácido estável que omeprazol;

- O pantoprazol interage com menos drogas do que omeprazol; os IBPs são metabolizados por enzimas do citocromo P450, especificamente CYP2C19 e CYP3A4.

- O pantoprazol é também metabolizado pela sulfotransferase citosólica, por isso tem menos possibilidades de causar interações com substratos de enzimas do citocromo P450 quando comparado os outros fármacos da classe.

- Omeprazol não deve ser utilizado em conjunto com antiácidos; ⠀

- Pantoprazol não apresenta interação com antiácidos e outros medicamentos como digoxina, contraceptivos orais, diazepam, fenitoína, entre outros. Por isso é o fármaco de escolha em pessoas que necessitam utilizar um grande número de medicamentos.

- O uso prolongado de ambos pode causar hipersecreção de rebote, assim, a retirada deve ser gradual.

De acordo com os comparativos, o pantoprazol apresenta melhor benefício que o omeprazol, cabendo a medico avaliar o melhor tratamento para o paciente

Pode ser letal tomar estes Medicamentos - Combinação Perigosa


Alguns medicamentos se tomados no mesmo horário pode ser muito perigoso e até letal, pacientes com doenças crônicas que usam muitos medicamentos diferentes tem que prestar muita atenção para não se intoxicar. As interações medicamentosas podem prejudicar a efetividade das drogas, ou resultar em outros eventos adversos.

Principais interações medicamentosas comuns e métodos de prevenção

Erva de São João (Hypericum perforatum), Anticoncepcional e Fluoxetina

A Erva de São João pode reduzir a eficácia da ciclosporina, resultando em rejeição de transplante, síndrome serotoninérgica (quando usada junto com inibidores da recaptação de serotonina). Ex: Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Venlafaxina.

Este fitoterápico pode reduzir a eficácia dos contraceptivos orais e causar a redução das concentrações plasmáticas de drogas antirretrovirais (indinavir, nevirapina) com um possível aumento na resistência a essas drogas, e efetividade reduzida de agentes antitumorais (irinotecano, imatinibe).

Acredita-se que a hiperforina seja o componente bioativo da erva de São João, responsável não apenas pela ação antidepressiva mas também pelos efeitos de interação da erva com outros medicamentos. A hiperforina induz o CYP3A4/CYP3A5, fazendo com que as medicações acima listadas – algumas delas que potencialmente salvam vidas – sejam metabolizadas mais depressa, levando a menores níveis séricos e menor efetividade.

Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina (ISRS)

Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são drogas amplamente prescritas. A síndrome serotoninérgica é uma condição potencialmente ameaçadora à vida, precipitada pelo uso de drogas serotoninérgicas que causam uma super ativação dos receptores 5HT-1A periférico e pós-sináptico.

A apresentação da síndrome serotoninérgica inclui alterações do estado mental, hiperatividade neuromuscular, e hiperatividade autonômica. 


Uma causa da síndrome da serotonina é uma interação entre duas drogas serotoninérgicas com mecanismos de ação diferentes, como um ISRS ou um inibidor da recaptação da serotonina/norepinefrina (IRSN) coadministrado com tramadol, trazodona, dextrometorfano, ou linezolida. Quanto maior a dose de ISRS, maior a probabilidade de efeitos adversos.

Estatinas + inibidores do CYP3A4

Estatinas (inibidores da 3-hidroxi-3-metilglutaril coenzima A) são amplamente prescritas, e conhecidas por seu alto risco de interações medicamentosas. Devido a diferenças nas vias de eliminação, no entanto, nem todas as estatinas compartilham o mesmo perfil de risco. As estatinas com maior chance de interagir com outras drogas são a sinvastatina e lovastatina; as menos prováveis são a pravastatina e rosuvastatina.

Inibidores potentes do citocromo P450 3A4 (CYP34A) podem aumentar significativamente as concentrações séricas das formas ativas de sinvastatina, lovastatina e atorvastatina. 

Os medicamentos com maior chance de interagir com as estatinas incluem os fibratos (especialmente genfibrozila), agentes antifúngicos azólicos (cetoconazol, fluconazol, itraconazol), amiodarona, macrolídeos (especialmente eritromicina e claritromicina, mas não azitromicina), inibidores de protease (por exemplo, ritonavir), e bloqueadores de canal de cálcio (especialmente verapamil e diltiazem).

Claritromicina e bloqueadores de canal de cálcio

A coadministração de claritromicina com bloqueadores do canal de cálcio vasodilatadores, como anlodipino e felodipino, pode causar hipotensão e insuficiência renal aguda. A claritromicina prejudica a ação da nifedipina ao inibir o metabolismo do CYP3A4, resultando em hipotensão – um risco grave porém subestimado.

Outros macrolídeos também podem participar dessa interação quando administrados de forma concomitante com os bloqueadores de canal de cálcio, incluindo eritromicina. Azitromicina, que não inibe o CYP3A4, é o agente preferido quando um macrolídeo é necessário em um paciente em uso de bloqueador de canal de cálcio.

Outras interações medicamentosas potencialmente graves podem ocorrer quando a claritromicina é tomada com estatinas (especialmente, por exemplo, sinvastatina ou lovastatina) e colchicina. O uso de claritromicina com glipizida ou gliburida pode resultar em hipoglicemia. Na verdade, 82 interações medicamentosas importantes já foram relatadas com a claritromicina.

Sulfametoxazol/trimetroprim (Bactrim) e agentes anti-hipertensivos

O sulfametoxazol/trimetroprim (SMZ/TMP) é uma causa importante de hipercalemia em pacientes idosos e naqueles com doença renal crônica, especialmente com uso concomitante de inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) (captoril, enalapril, losartana) ou bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs).

O componente trimetroprim age como a amiliorida (um diurético poupador de potássio) e pode aumentar o potássio sérico em níveis que ameaçam a vida. Morte súbita tem sido relatada em pacientes em uso de SMZ/TMP que também usam inibidores da enzima conversora de angiotensina ou bloqueadores do receptor de angiotensina.

Varfarina e acetaminofeno (paracetamol)


Pacientes em uso de varfarina são frequentemente alertados sobre escolher o acetaminofeno para analgesia porque os medicamentos anti-inflamatórios (AINEs) podem aumentar o risco de sangramento gastrointestinal. Paciente em uso de varfarina apresentar um aumento inexplicado do INR, é válido perguntar sobre o uso do acetaminofeno.

A prednisona geralmente aumenta o INR e pode ser uma causa de aumento desse índice em pacientes em terapia com varfarina.

Medicamentos anti-hipertensivos e AINEs

Os anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) estão entre as medicações mais amplamente usadas, e geralmente têm sido associados com hipertensão arterial. Os AINEs bloqueiam as enzimas ciclooxigenase (COX)-1 e COX-2, o que prejudica a síntese de prostaglandina.

A inibição da prostaglandina, por usa vez, aumenta o tônus da musculatura lisa arterial e produz um efeito dose relacionado na natriurese, resultando em retenção hídrica. Por esse mecanismo, os AINEs podem reduzir a efetividade de alguns dos agentes anti-hipertensivos mais comumente usados (diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina e bloqueadores do receptor de angiotensina).

Como os AINEs estão disponíveis sem prescrição, os pacientes podem ter agravamento da hipertensão ao usarem essas drogas. Os AINEs com efeito mais importante na pressão arterial são: indometacina, piroxicam e naproxeno.

Os AINEs com efeito intermediário na pressão arterial incluem ibuprofeno, rofecoxibe e celecoxibe, embora a magnitude desse efeito ainda esteja sob investigação. A aspirina não aumenta a pressão arterial de forma significativa, mesmo em pacientes com hipertensão.

Além de reduzir o efeito hipotensivo de diuréticos, inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs) e bloqueadores do receptor de angiotensina (BRAs) podem aumentar o risco de insuficiência renal aguda quando administrados de forma concomitante com um anti-inflamatório não-esteroide.

Hormônio tireoidiano (Levotiroxina) e inibidores da bomba de prótons (Omeprazol, Lansoprazol, Pantoprazol)


A suplementação com hormônios tireoidianos é extremamente comum. Alguns medicamentos frequentemente usados, incluindo inibidores de bomba de prótons (IBPs), estatinas, ferro, cálcio, magnésio, raloxifeno e estrogênio podem interferir na absorção de hormônio tireoidiano, fazendo com que pacientes cuja doença estava previamente bem controlada com um hormônio tireoidiano voltem a desenvolver hipotireoidismo.

Níveis elevados de estrogênio relacionam-se com aumento da concentração da globulina ligadora de tiroxina (TGB), consequentemente necessitando de prescrição de doses mais elevadas de hormônios tireoidianos.

A interação entre levotiroxina e omeprazol em pacientes com secreção ácida diminuída requer uma dose maior de tiroxina oral, o que sugere que a secreção ácida é necessária para absorção oral efetiva da tiroxina.

Pacientes com hipotireoidismo que estão com função normalizada e em uso de levotiroxina podem precisar de avaliação da função tireoidiana após a iniciação de um IBP, especialmente se iniciarem com sintomas de hipotireoidismo. Aqueles com secreção gástrica diminuída podem precisar de uma dose aumentada de levotiroxina para manter o nível de hormônio estimulador da tireoide dentro da normalidade.

A bula da levotiroxina recomenda que ela não seja administrada simultaneamente com antiácidos pelo efeito de ligação do cálcio ou magnésio no antiácido. Se o uso concomitante for necessário, a administração dos agentes deve ser feita com intervalo de quatro horas.

Suco de toranja e interações medicamentosas


Este suco pode aumentar os níveis séricos de medicamentos ou interferir com o metabolismo medicamentoso, primariamente mediado por elementos químicos presentes no suco, que podem inibir a enzima citocromo P450 (CYP3A4) no intestino delgado.

Essa inibição reduz o metabolismo de primeira passagem de drogas que usam o sistema intestinal CYP3A4, dessa forma aumentando a biodisponibilidade e as concentrações plasmáticas máximas dos substratos CYP3A4.

O efeito do suco de toranja no metabolismo de medicamentos é mais pronunciado naqueles com um alto metabolismo de primeira passagem (por exemplo, felodipino e amiodarona). Outras drogas importantes afetadas pelo suco de toranja são algumas das estatinas (sinvastatina e lovastatina, e em algum grau a atorvastatina, mas não a pravastatina), ciclosporina, anlodipino, e nifedipina.

Com informações de Dr. Douglas S. Paauw em Medscape

Hidroclorotiazida, Omeprazol, AAS - Medicamentos associados a Câncer


Alguns medicamentos comuns no dia a dia dos pacientes brasileiros especialmente os idosos, tem sido ligado a efeitos imprevistos e perigoso como o câncer e diabetes.

Como são remédios de baixo custo e amplamente usado, questões de segurança relacionados a estes medicamentos geram interesse dos profissionais de saúde e da industria farmacêutica.

Os medicamentos que estudos tem relacionado a efeitos colaterais com o uso ao longo do tempo são:

- Hidroclorotiazida;

- Omeprazol;

- Acido Acetilsalicílico;

- Estatinas (Sinvastatina, Atorvastatina).

Hidroclorotiazida

De acordo com estudo dinamarquês, a hidroclorotiazida quando usada constantemente está ligada ao aparecimento de câncer de pele. 


Há um chance de 29% maior de incidência de carcinoma de célula basal e 3 vezes maior de carcinoma de células escamosas.

A hidroclorotiazida pode causar um efeito fotossensibilizante na pele diminuindo a capacidade da pele a responder a lesões provocadas por exposição solar.

Como a hidroclorotiazida é um dos medicamentos mais eficazes no controle da pressão arterial, é necessários orientar aos pacientes que evitem exposição solar.

Omeprazol


O omeprazol é um dos medicamentos mais utilizados no tratamento de úlceras e esofagites. De acordo com estudos realizado em Hong Kong, tem sido ligado ao aparecimento de câncer gástrico. A causa seria a proliferação da bactéria Helicobacter pylori, que com o uso do omeprazol poderia mascarar as lesões.

Ácido acetilsalicílico


O AAS muito usado por idosos, para ajudar frear a coagulação sanguínea e evitar acidentes cardiovasculares, tem sido associado a morte por câncer no intestino. A causa seria que o AAS pode diminuir o aparecimento pólipos no intestino, estrutura precursora de tumores.

Estatinas

O uso de estatinas no tratamento de colesterol alto tem sido muito frequente, mas o uso destes medicamentos tem sido associado ao aumento de glicose no sangue, podendo estar ligado ao aparecimento de diabetes. Deste modo pacientes que fazem o uso de estatinas e são diabéticos devem ficar sempre atento com a glicose.

Conclusão


Estes medicamentos citados acima de acordo com as agências reguladores de saúde, trazem mais benefícios do que risco à saúde, sendo que os usuários que fazem uso não devem abandonar o tratamento. Se surgir algum efeito colateral ou alguma duvida procurar o médico para que seja analisado uma possível substituição por outro medicamento mais seguro. 



Leia aqui: 

- Alerta sobre Hidroclorotiazida - Câncer de Pele

- É seguro tomar Omeprazol todos os dias?

- Pode ser letal tomar estes Medicamentos - Combinação Perigosa

- Anti-inflamatórios prejudicam os RINS

Efeito colateral dos medicamentos mais vendidos

Todo medicamento pode causar algum efeito colateral, por isso o uso somente pode ser feito com a indicação do médico e orientação farmacêutica. Medicamentos comuns e usuais também podem ser a causa de alguns efeitos indesejáveis.


Veja a seguir alguns exemplos: 

Paracetamol 

O paracetamol, principio ativo do Tylenol, é o remédio mais usado sem receita, tomado normalmente para diminuir a dor, a febre e sintomas da dengue. Em grandes quantidades, dose acima de 4g ao dia, ou seja mais de 5 comprimidos de 750 mg por dia, o paracetamol pode causar danos graves ao fígado. 

Laxantes 

Os laxantes, muito usado sem orientação medica e farmacêutica para perder peso e prevenir a constipação, quando tomados com muita frequência, os laxantes têm o poder de causar dependência. O intestino pode perder sua habilidade para funcionar bem, causando desequilíbrio eletrolítico e hipocalemia. 

Soníferos 

Medicamentos que causam sonolência como dexclorfeniramina e dimenidrinato não necessitam de prescrição, estes contêm anti-histamínicos e podem apresentar o problema oposto: perder sua eficiência com o tempo, o que faz com que as pessoas comecem a tomar mais do que a dose recomendada. Elas não devem ser usadas por mais de duas semanas. Mesmo quando tomadas da maneira correta, podem causar sono diurno, confusão mental e espessamento das secreções do pulmão.

Antiácidos

Para alívio de azia crônica é comum tomar antiácidos para diminuir os efeitos dos ácidos do estômago. Mas eles também podem causar diarreia e constipação, e bloquear a absorção de alguns medicamentos prescritos. As melhores escolhas disponíveis são os bloqueadores de H2 (como ranitidina) e inibidores da bomba de prótons (como omeprazol, pantoprazol e lansoprazol) que impedem a produção de ácidos no estômago. Mas esses medicamentos também são perigosos quando tomados por muito tempo, incluindo quebras de ossos e deficiência de magnésio (que pode causar convulsões) e infecção fúngica no estômago por deixar a acidez estomacal bem menor.

Anti-inflamatórios 

Substâncias anti-inflamatórias não esteroides, como a aspirina, o diclofenaco, o ibuprofeno e o naproxeno, são tomados por muito tempo, também podem causar danos, incluindo úlceras, problemas nos rins ou no fígado e um aumento do risco de ataque cardíaco ou derrame.

Medicamentos de venda livre 

Medicamentos de venda livre normalmente são seguros quando usados de vez em quando e corretamente por adultos saudáveis.

É preciso ter precauções extras, quando o paciente for portador de doenças como: asma, sangramentos ou coágulos, dificuldades respiratórias, diabetes, próstata aumentada, epilepsia, glaucoma, gota, doenças no coração, e problemas psiquiátricos e de tiroide.

Precauções antes de tomar qualquer remédio

Pessoas que têm condições de saúde subjacentes ou que usam um ou mais medicamentos deveriam consultar seus médicos antes de tomar remédios vendidos no balcão da farmácia. No mínimo, pedir informação com farmacêutico. 

Algumas dicas : 

- Pergunte ao farmacêutico, quando for usar mais de um medicamento, se há interação um com o outro 

- Não usar dosagem maior que o prescrito, pois há risco de intoxicação

- Seguir o horário recomendado de uso

- Se estiver tomando antibióticos, tomar nos horários certo, e não interromper o tratamento. 

- Prestar atenção se o medicamento deve ser tomado com comida ou com o estômago vazio

- Não misturar remédios e álcool

-Se tiver qualquer reação alérgica ou problemas, anote a causa para evitar aquela substância no futuro.

Com Informações de Uol

É seguro tomar Omeprazol todos os dias?


Dor no estômago, azia, gastrite e má digestão tem sido muito comum no Brasil, estes problemas podem estar relacionados a uma alimentação inadequada rica em produtos industrializados como refrigerantes, temperos fortes com alta concentração de corantes, café, frituras e stress do dia-a-dia. Porém o problema é o uso dos Inibidores da Bomba de Prótons que tem sido utilizado continuamente e às vezes sem acompanhamento médico. Os principais IBPs são Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol.

Como Age os IBP no Organismo


A ação dos inibidores da bomba protônica (IBP) é a seguinte:

- A secreção ácida nas células parietais do estômago cria um fluxo de íons, em que prótons são bombeados de fluidos intracelulares para o lúmen gástrico contra um gradiente. A engenharia enzimática responsável por esse transporte ativo é a bomba H+,K+ ATPase, a qual é modulada (estimulação e inibição) por sinais moleculares neuronais e endócrinos. Os IBP, após a ingestão antes da alimentação, ligam-se apenas às bombas ativadas diminuindo assim a acidez gástrica.

Principais Efeitos Colaterais dos IBPs

Os IBPs são fármacos bem tolerados e, na maioria dos casos em que surgem efeitos adversos, estes costumam ser moderados e passageiros. Os mais comuns, observados em aproximadamente 10% dos pacientes, apresentam-se como:

- Cefaleia;
- Diarreia;
- Distúrbios gastrintestinais;
- Constipação;
- Flatulência.

Efeitos adversos raros, contudo importantes, incluem:

- Nefrite aguda intersticial;
- Hiponatremia;
- Hipopotassemia;
- Hipomagnesemia;
- Pancreatite;
- Síndrome de Stevens-Johnson.

Segurança do uso contínuo de IBPs


Determinados estudos questionam a segurança do uso contínuo de IBPs no manejo de doença péptica relacionada à acidez gástrica. A maior preocupação corresponde aos efeitos de longo prazo, devido à intensa supressão ácida que promove aumento na secreção de gastrina e consequente hipergastrinemia.

Reduzir a acidez no estômago permite a reprodução da bactéria que pode se espalhar para outros órgãos, como pulmões e intestinos e ainda o risco de insuficiência renal crônica é aumentado.

Os estudos publicados ainda não permitem estabelecer associação definitiva entre o uso contínuo de IBPs e a incidência de complicações graves, porém, os indícios são suficientes para recomendar uso criterioso e monitoramento dos pacientes.

Efeitos adversos que podem surgir com o uso contínuo de IBPs e que requerem atenção especial são:

- Hipergastrinemia;
- Neoplasia gástrica;
- Enterites bacterianas;
- Pneumonia
- Deficiência de mineiras, assim como de vitamina B12.

Fonte: CFF

Novas Pesquisas Apontam Risco para Saúde o Uso de Omeprazol


Os antiácidos conhecidos como inibidores da bomba de prótons (IBP) lançados nos anos 90 passaram a figurar entre os mais receitados nos EUA e nesta década no Brasil. 

Entre os principais figura o conhecido Omeprazol. Sua ação é bloquear a produção de ácido estomacal com mais eficácia do que uma classe anterior de drogas conhecidas como bloqueadores de H2.

Porém nos últimos anos, muitos estudos relataram ligações entre o uso de inibidores da bomba de prótons e uma série de problemas de saúde, sendo os principais:

- Fraturas ósseas;
- Níveis baixos de magnésio;
- Lesões renais
- Possíveis interações com drogas cardiovasculares;
- Estão ligados a infecções, como a teimosa Clostridium difficile e pneumonia.

O principal problema apontado pelos pesquisadores é que reduzir a acidez no estômago permite a reprodução da bactéria que pode se espalhar para outros órgãos, como pulmões e intestinos e ainda o risco de insuficiência renal crônica é aumentado.

Fraturas podem ser curadas, mas a insuficiência renal não tem cura. De acordo com o estudo realizado nos EUA, quem tomava os inibidores da bomba de prótons apresentava um risco de 20% a 50% maior de desenvolver insuficiência renal crônica do que os não usuários.

O risco de insuficiência renal crônica crescia 15% entre quem ingeria a medicação uma vez por dia, mas 46% em quem tomava duas vezes por dia, na comparação com os não usuários.

Idosos deveriam prestar atenção especial. Eles têm maior chance de ter refluxo, em parte porque o músculo que impede o ácido estomacal de subir para o esôfago enfraquece com a idade, e são mais vulneráveis a doenças e síndromes associadas a elas.

Os inibidores da bomba de prótons podem ser medicações cruciais para quem tem úlcera péptica, entre outros. Eles são também a opção mais eficaz para refluxo severo. Entretanto, tanto na versão sem receita quanto na prescrita, o uso geralmente recomendado é de curto prazo.
Devido a estes possíveis problemas é recomenda pelo estudo diminuir gradualmente os inibidores de bombas de prótons para ver se ainda são necessários, ou trocá-los por bloqueadores de H2 menos potentes.

Existe algumas terapias não farmacológicas que podem muitas vezes reduzir a azia e outros problemas relacionados ao refluxo, até mesmo mudanças na dieta pode diminur os sintomas.

Com informações de Folha de S.Paulo

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