Por que sentimos sono logo após o almoço?

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O principal motivo de sentir sono após o almoço é o aumento de bicarbonato no sangue. 

Quando começa a digestão, o estômago captura água e gás carbônico no organismo para formar o ácido carbônico. Esse ácido reage com outro, o ácido clorídrico, e forma o suco gástrico, que digere os alimentos. Da reação entre os ácidos, sobra uma substância chamada bicarbonato, que é absorvida pelo sangue e o torna menos ácido.

Quando o sangue alcalinizado irriga o sistema nervoso central, provoca a diminuição da atividade das regiões responsáveis pela vigília e pela contração muscular. Não se sabe exatamente como acontece, mas há uma diminuição da capacidade de concentração e da força dos músculos, provocando uma sensação passageira de sono, diz o fisiologista Francisco Gacek, da Universidade de São Paulo.

Além disso, durante a digestão uma quantidade maior de sangue se dirige para o estômago e os intestinos para ajudar no processo. O sistema nervoso central passa, então, a ser menos irrigado e, portanto, diminui sua atividade porque dispõe de menos oxigênio.

Importância dos sonhos para o nosso organismo

Entender a importância dos sonhos para o nosso organismo é, até hoje, um dos desafios da Medicina. A despeito das interpretações ligadas à psicologia, muitos especialistas dedicam-se a entender as aventuras que você vive enquanto dorme. 

Pode acreditar: mesmo que não se lembre deles, os sonhos invadem seus pensamentos quando os olhos fecham-se. "Somente pessoas com algumas lesões cerebrais, como as ocorridas nos lobos parietais, deixam de sonhar", afirma o neurologista Luciano Magalhães Melo, do Hospital Paulistano. "E isso não é privilégios dos seres humanos, os sonhos já foram registrados como atividade cerebral de alguns animais, com o auxílio de eletroencefalograma".

O médico Sigmund Freud, conhecido por suas contribuições no campo da psicanálise, dizia que os sonhos eram manifestações disfarçadas de desejos inconscientes. Trata-se de uma afirmação que a ciência não nega nem confirma, porque até hoje não se conseguiu provar a existência científica do chamado inconsciente. "Já se postulou que sonhos seriam uma forma de manter a mente ativa durante o sono. Os estímulos irrelevantes seriam incorporados ao sonho, sem interferir nele, enquanto os relevantes poderiam acordar o individuo", afirma o neurologista.

Mas, segundo ele, essa explicação possui falhas. Um estudo demonstrou que a privação de água por mais de 24 horas nem sempre provoca sonhos com água, embora eles possam ocorrer. De qualquer forma, acredita-se que o papel do sonho possa estar ligado à ativação de redes neurais, favorecendo o aprendizado e estruturando dados armazenados na memória (acrescentando ou eliminando informações). "Sonhos podem satisfazer fantasias de difícil realização e até criar novas idéias, a partir de mudanças de conceitos que seriam rejeitados durante o período de vigília", afirma o médico do Hospital Paulistano.

Fase REM

A maioria dos sonhos, cerca de 80% deles, acontece no estágio mais profundo do sono, a fase conhecida como REM (do inglês rapid eye movement, ou seja, fase dos movimentos rápidos dos olhos). Nesta fase, a atividade cerebral é muito semelhante à atividade de um individuo acordado e coexiste com a maior flacidez muscular. Isso indica que boa parte do cérebro esta envolvida com a gênese dos sonhos.

Possivelmente, o gatilho para os sonhos encontra-se em áreas mais profundas do encéfalo, como nas pequenas porções da ponte e mesencéfalo. Tais áreas estão correlacionadas com varias funções, como a realização do ciclo de vigília sono.

Dias calmos, aventuras à noite

Dias muito agitados podem alterar a estrutura do sono e, desta forma, dificultar a capacidade de sonhar. Os sonhos mais bem estruturados e organizados acontecem na fase do sono REM. Logo, se a pessoa não alcança esse nível, poderá ter menos sono REM e, portanto, menos sonhos. "Logo a capacidade de sonhar deve-se mais à qualidade do sono do que a uma situação do dia. Se você tem um dia agitado, mas consegue pegar no sono, freqüência dos sonhos não tende a se alterar", diz o neurologista.

Algumas medicações, no entanto, podem encurtar o período de sono REM (que também decai com o envelhecimento, prejudicando a produção dos sonhos. "Mesmo assim, não se foi notado que a redução do sono REM implica em menor capacidade de aprendizado e de memória", afirma o médico.

Outra questão intrigante diz respeito ao comportamento durante os sonhos. Algumas vezes, você age como simples observador dos seus atos, enquanto interfere diretamente e toma decisões em outros casos. O neurologista explica que existe uma situação chamada sonho lúcido, caracterizado pelo controle das experiências. "Em geral, este sonho tem fim quando você percebe que as situações pertencem ao universo onírico. "Acredita-se que uma parte do lobo frontal, que deveria estar desativada durante o sonho, deixe de estar. "Isso permite identificar que o sonho é, na verdade, simplesmente sonho", afirma o médico.

Treine para lembrar

A lembrança dos sonhos é uma habilidade que pode ser treinada. "Os sonhos podem ser facilmente relembrados caso a pessoa seja acordada enquanto sonha", afirma o especialista do Hospital Paulistano. "As mulheres, aparentemente, recordam mais dos sonhos do que os homens, mas não sabemos o motivo certo disso". Redigir o sonho assim que se acorda pode ser um truque para se recordar deles. Isso porque, logo após despertar, os sonhos tendem a se perder da memória.

Já os flashes que surge durante o dia, provavelmente não estão correlacionados com sonho. Eles podem ser apenas lapsos de memória, inspirados por pensamentos ocorridos durante a vigília.

Gorduras Trans e seus Efeitos Nocivos à Saúde

As gorduras trans e seus efeitos nocivos à saúde têm sido alvo de estudos recentes, assim como da ação de regulamentação de rótulos pela FDA. 

Há vários anos, a gordura saturada foi considerada a grande vilã das doenças cardiovasculares, porém de acordo com estudos recentes a gordura trans traz ao organismo efeitos ainda pior.


A gordura trans está  presente em:

  • Salgadinho de pacote;
  • Batatinha frita das lanchonetes fast food;
  • Maioria das margarinas;
  • Pipoca de microondas;
  • Bolos e tortas industrializados; 
  • Bolachas. 
Assim como a gordura saturada, a trans aumenta os níveis de LDL, o mau colesterol que circula no sangue. Mas seu efeito nocivo vai mais além porque ela também diminui os índices do HDL, o bom colesterol. 


Por ser tão perniciosa, o FDA, a agência americana de controle de alimentos e remédios, resolveu que os consumidores deveriam ser alertados. Uma norma recente obriga os fabricantes de alimentos industrializados dos Estados Unidos a identificar e discriminar no rótulo dos seus produtos a quantidade de gordura trans contida neles.




A gordura é um dos componentes essenciais para a dieta humana. Além de fornecer maior quantidade de energia por unidade de peso (9 Kcal/g), quando comparada aos carboidratos (3,75 Kcal/g) e à proteína (4 Kcal/g), ela contém ácidos graxos essenciais (linoléico e linolênico), que não são produzidos pelos mamíferos, mas precisam estar presentes na dieta, e auxilia no transporte e absorção, pelo intestino, das vitaminas lipossolúveis, A, D, E, e K. Além disso, confere sabor ao alimento.


As gorduras, tanto de origem animal como vegetal, são constituídas por ácidos graxos saturados e insaturados (mono e poliinsaturados). Devido ao alto teor de ácidos graxos saturados de cadeia longa, na sua composição, estas gorduras se apresentam em estado sólido, quando a temperatura ambiente for inferior a 25ºC.


Entre os componentes da gordura, o que oferece maiores riscos à saúde humana é aquele que contém os ácidos graxos saturados. 



As gorduras saturadas são encontradas em: 

  • Óleo de coco;
  • Chocolate;
  • Ovos;
  • Carne;
  • Leite;
  • Manteiga;
  • Creme;
  • Banha e derivados (biscoitos, batatas fritas e bolachas). 
Efeito similar é causado pela ingestão de gorduras hidrogenadas (constituídas por ácidos graxos insaturados, na forma trans), contidas nas margarinas e banhas de origem animal ou vegetal. 


Por outro lado, observa-se que os ácidos graxos monoinsaturados e poliinsaturados não favorecem o aparecimento de doenças cardiovasculares. Os óleos de oliva, canola e de amendoim são exemplos de alguns alimentos ricos em gordura monoinsaturada. 



Entre os ácidos graxos poliinsaturados, os denominados de ômega-3, encontrados em alguns tipos de peixe, óleo de canola e soja, têm a propriedade de reduzir as concentrações de LDL-colesterol (colesterol ruim) e de triglicerídeos no sangue. As gorduras poliinsaturadas, como o óleo de milho e o de girassol, tendem a reduzir os níveis de LDL como também os de HDL (o colesterol bom). No entanto, as monoinsaturadas reduzem apenas os níveis de LDL, sem afetar os níveis do HDL.


A gordura trans e seus efeitos

A gordura trans começou a ser usada em larga escala nos anos 80, para dar mais gosto, melhorar a consistência e até aumentar o prazo de validade de alguns alimentos. Ela é obtida depois que os óleos vegetais são submetidos a um procedimento químico chamado hidrogenação. 


No processo de hidrogenação, é adicionado hidrogênio em óleos vegetais e este se solidifica. O resultado é uma gordura mais grossa, que foi batizada com o prefixo latino "trans" porque, nesse processo, há um movimento bastante radical no interior da estrutura molecular da gordura. 



As principais fontes de gordura trans são a margarina, sobretudo a vendida na forma de tablete, as massas prontas para o consumo e os lanches fritos. A margarina em tablete é normalmente usada em recheios de bolachas, em salgadinhos, tortas e bolos (frituras também podem ter trans, dependendo do modo de preparo). Quanto mais dura é a margarina, maior a concentração de gordura trans.


A gordura trans pode ser mais prejudicial do que a saturada já que altera o metabolismo lipídico, elevando os níveis de LDL-colesterol (o colesterol ruim) da mesma forma que uma dieta rica em gordura saturada, provocando riscos semelhantes de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.


O interesse pelos ácidos graxos trans foi renovado no início da década de 90, quando se observou que o consumo de dieta enriquecida com o ácido monoinsaturado elaídico (trans) comparada com ácido monoinsaturado oléico (cis) resultou não só em aumento dos níveis séricos de colesterol total e LDL, como também em menores níveis de HDL (o colesterol bom). 



Foi alertado, recentemente, para o papel dos ácidos graxos trans sobre os triacilgliceróis, cada vez mais implicados como fatores de risco de doença arterial coronária em situações ainda não totalmente esclarecidas.


Um recente estudo holandês afirmou que a escolha de um suculento bife é mais indicada do que a de um prato de batatas fritas ou de pastéis, pois a gordura saturada pode ser mais saudável para o coração do que a chamada gordura trans. A pesquisa mediu os efeitos da gordura trans - encontrada em alimentos fritos, biscoitos e pastéis - e da gordura saturada - presente na carne, manteiga e derivados do leite -, sobre a função vascular e os níveis de colesterol. 



Os especialistas da Universidade Wageningen acompanharam 29 adultos saudáveis e não-tabagistas, alimentados com duas dietas diferentes, uma com maior teor de gordura trans e outra com maior teor de gordura saturada. A função vascular de todos os participantes foi medida, observando a rapidez com que os vasos se dilatavam em resposta ao fluxo sanguíneo. 



Os resultados apontaram que a gordura trans reduziu a função vascular em 29% e diminuiu os níveis de colesterol HDL em cerca de um quinto, comparada à dieta com gordura saturada.



Recomendações


As recomendações de consumo indicam que a quantidade de lipídios que deve ser obtida através da alimentação respeite o limite de 30 % do valor calórico total da dieta diariamente, dos quais 10 % devem ser provenientes de lipídios saturados e trans, 10 % de poliinsaturados e 10 % de monoinsaturados, ou seja, na proporção de 1:1:1.



Um estudo feito por uma organização americana de defesa do consumidor mostra que, por causa da combinação trans/saturada, comer um simples donuts equivale a ingerir oito fatias de bacon. O limite para o consumo diário das duas gorduras é de 20 gramas. Para quem tem risco de doenças cardíacas, o máximo é de 15 gramas.


Uma das recomendações da American Heart Association é de que os consumidores prefiram óleos de canola ou azeite de oliva. A margarina com baixo teor de gordura também é preferível à manteiga.


Uma forma de proteção é reduzir ou evitar o consumo de alimentos gordurosos que têm maior conteúdo de trans, como, óleos vegetais hidrogenados, presentes em bolos, doces, biscoitos, bolachas com cremes, certos sorvetes de massa, frituras comerciais, margarinas mais duras ou que ficam endurecidas quando refrigeradas, e óleos usados para fritura em muitos restaurantes e cadeias de "fast food".


E com a nova exigência da Food and Drug Administration (FDA) de que todos os alimentos contendo gordura trans (gordura vegetal hidrogenada) tragam essa informação no rótulo, assim o consumidor poderá escolher melhor os alimentos para garantir uma dieta mais saudável.


 Com informação : Bibliomed

Vitamina para ganhar massa muscular



Tudo o que você vai precisar é um liquidificador. Estas vitaminas, ricas em proteínas, auxiliam no ganho de massa muscular de forma natural. Basta bater os ingredientes e aproveitar.

1. 1 copo de iogurte com 1 clara de ovo cozida

2. 1 copo de leite desnatado com 10 amendoins sem tostar

3. 1 copo de leite de soja com aveia em flocos

4. 1 copo de leite desnatado com quinua cozida

5. 1 copo de leite desnatado com 10 amêndoas sem tostar e kiwi

6. 1 copo de iogurte com 1 banana e 5 castanhas de caju

Com informação de:Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

Comer em horários irregulares influencia no ganho de peso



Coma menos, se exercite mais; novas evidências agora apoiam o antigo mantra de quem quer emagrecer: alimente-se no horário certo

Estudo da Universidade Northwestern publicado na edição de setembro da revista Obesity revelou o que já se suspeitava há muito tempo: comer em horários irregulares, como tarde da noite, quando o corpo já quer descansar, influencia o ganho de peso. A pesquisa é a primeira a estabelecer uma relação entre o horário da refeição e o aumento de peso.

“Como ou por que uma pessoa engorda é complicado, mas está claro que não depende apenas de quantas calorias se ingere e quantas se gasta”, disse Fred Turek, professor de neurobiologia e fisiologia do Centro para o Sono, da Universidade. Segundo ele, agora está claro que a regulação de energia pelos ritmos circadianos do corpo tem um importante papel. 

“Um horário mais adequado para as refeições, que boa parte das vezes requer uma mudança de hábitos e comportamento, é um elemento crítico que determina a maior ou menor velocidade com que uma pessoa se torna obesa”.

De acordo com os pesquisadores, ratos que comem uma dieta rica em gordura durante o horário no qual deveriam estar dormindo ganharam 48% mais peso que animais que se alimentaram da mesma quantidade de comida, mas em um momento do dia correspondente ao período de atividade. O relógio biológico, também chamado de ritmo circadiano, governa os ciclos diários de alimentação, atividade e sono, respeitando os períodos de luz e ausência de luz (dia e noite).

Estudos recentes já haviam demonstrado que o relógio biológico também regula o uso de energia, sugerindo que o horário em que nos alimentamos também influencia o equilíbrio entre o número de calorias gastas e consumidas.

Com Informação de : Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

Melão combate ao estresse e a fadiga


Componente presente na fruta do melão pode ajudar a combater o estresse. 

De acordo com cientistas franceses uma forma natural de combater o estresse é o consumo de melão. Em estudo recentemente publicado no Nutrition Journal, os especialistas destacam que um componente da fruta, chamado superóxido dismutase, tem propriedades antioxidantes benéficas que previnem o dano provocado pelos radicais livres nas células e tecidos.

Nos testes, os pesquisadores observaram um significativo efeito placebo em 35 voluntários que receberam uma cápsula sem princípios ativos, mas que durou apenas os primeiros sete dias de estudo. 

Por outro lado, aqueles que receberam pílulas com a enzima reportaram efeitos duráveis e mais fortes na redução dos sintomas de estresse e fadiga. Além disso, a enzima pareceu melhorar a concentração, reduzir a sensação de cansaço e irritabilidade e melhorar problemas de sono.

Os autores destacam, porém, que os resultados não provam ainda que o consumo da fruta, ou mesmo de um suplemento com o componente, possa reduzir o estresse e a fadiga. Assim, pesquisas maiores e de longo prazo são necessárias para confirmação.

Estresse engorda

O cérebro estressado age como se estivesse em perigo, ordenando ao corpo que ele tem de se reabastecer de energia e comer.

Não tem jeito. O estresse faz parte da vida. O que talvez poucos saibam é que ele também tem a sua responsabilidade no aumento dos ponteiros da balança. O corpo responde a ele – seja estresse físico, seja psicológico – da mesma forma.

Cada vez que você tem um dia complicado, o cérebro age como se você estivesse em perigo e ordena às células do corpo para liberar potentes hormônios, entre eles a adrenalina e o cortisol, que dizem ao organismo que ele deve se reabastecer de energia, fazendo-o ter fome, muita fome.

A liberação de cortisol continua até que as coisas se acalmem. O problema é que são poucos aqueles que têm cenouras e barrinhas à mão. "A maioria acaba se enchendo de doces e comidas ricas em gordura porque elas estimulam o cérebro a liberar substâncias químicas ligadas ao prazer, que reduzem a tensão", explica Elissa Epel, da Universidade da Califórnia.

E mais: quando as glândulas adrenais produzem cortisol, cai a fabricação da testosterona, hormônio ligado ao crescimento muscular. "Com o tempo, isso leva a uma redução da massa muscular e, com isso, o corpo queima menos calorias."

O hormônio também encoraja o corpo a estocar gordura, especialmente a do tipo visceral, perigosa porque circunda órgãos vitais e libera ácidos graxos ao sangue, elevando os níveis de colesterol e abrindo caminho para as doenças do coração e o diabetes.

Colesterol alto e hipertensão prejudica os olhos - Oclusão da veia central da retina


Estudo publicado na revista Journal of the American Medical Association revelou que pessoas com pressão e colesterol altos têm mais chance de sofrer de oclusão da veia central da retina. A oclusão é resultado de um bloqueio do suprimento de sangue da retina, a camada do olho responsável pela formação de imagens.

“Se o sangue precisa sair do olho e tem de passar por um tubo estreito e fino (os capilares), o fluxo sanguíneo se torna mais lento e há uma grande chance de naquele ponto se formarem coágulos sanguíneos, do mesmo modo visto em grandes artérias do corpo”, disse Marc Werner, oftalmologista do Stahl Eye Center, EUA.

Conduzida na Irlanda, a pesquisa demonstrou que pessoas com pressão alta têm 3 vezes mais risco de desenvolver a condição, enquanto quem tem colesterol elevado, 2,5 vezes mais chance. Os pesquisadores analisaram 21 estudos sobre o assunto, que envolveram cerca de 3 000 pessoas com o problema e 28 000 sem o mal.

“O olho é o único lugar do corpo onde é possível ver vasos sanguíneos. Quando se examina o olho de alguém é possível ter uma ideia do estado de saúde dela”, garante Werner. O médico diz que se os vasos estiverem estreitados, há uma grande chance de o mesmo estar acontecendo no coração, cérebro e rins.

Com informação de : Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

Medicamentos que Interagem com Anticoncepcional diminuindo seu efeito

O anticoncepcional oral é um método de controle de natalidade muito difundido, usado em larga escala pela população feminina há várias décadas. Se usado corretamente, sua taxa de sucesso chega aos 99,9%. Entretanto, na vida real, quase 8% das mulheres que usam anticoncepcionais acabam engravidando, devido a erros no modo de tomar o medicamento.

Além da forma correta de tomar o anticoncepcional, é importante ter em mente que algumas drogas interagem com a pílula, modificando seus efeitos e sua eficácia.

Há muitos mitos e muita confusão em relação à interação dos anticoncepcionais com alimentos e medicamentos. Neste artigo vamos tentar esclarecer um pouco este assunto, abordando os riscos do uso da pílula com as seguintes combinações:

-Anticoncepcionais e antibióticos. 
-Anticoncepcionais e álcool. 
-Anticoncepcionais e anticonvulsivantes. 
-Anticoncepcionais e anti-hipertensivos. 
-Anticoncepcionais e Erva de São João. 
-Anticoncepcionais e medicamentos frequentemente prescritos. 

INTERAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAIS E ANTIBIÓTICOS

Para boa parte da população, o grande vilão dos anticoncepcionais são os antibióticos. A ideia de que os antibióticos cortam o efeito da pílula é muito difundida, e durante muito tempo, a própria classe médica atuou de forma a propagar essa informação. Sempre houve relatos esporádicos de falhas do contraceptivo hormonal após uso de antibióticos, o que servia para dar uma suposta sustentação científica para o fato.

Porém, na última década, vários estudos foram conduzidos de forma a avaliar a real interação entre anticoncepcionais e antibióticos. Os resultados foram, de certo modo, surpreendentes. 

Os únicos antibióticos que realmente cortam o efeito da pílula são a Rifampicina e o seu derivado rifabutina, drogas usadas habitualmente contra a tuberculose, hanseníase (lepra) e na profilaxia da meningite. A rifampicina reduz os níveis sanguíneos de Etinil estradiol e Progestina, as formas sintéticas do estrogênio e da progesterona presentes nos anticoncepcionais, fazendo com a eficácia da pílula fique reduzida. Mulheres que precisam usar esta droga devem escolher um método contraceptivo não hormonal, como preservativos. 

Em relação às outras classes de antibióticos NÃO houve comprovação científica de que qualquer uma delas possa ter efeitos na eficácia da pílula. 

Até alguns anos atrás, recomendava-se cautela na associação de anticoncepcionais e antibióticos, como as tetraciclinas, metronidazol e os derivados da penicilina, como amoxicilina e cefalosporinas, pois existiam relatos esporádicos de anulação do efeito da pílula por esses antibióticos. Todavia, como já dito, estudos mais recentes não conseguiram comprovar esta relação. Por isso, atualmente, não se recomenda nenhum tipo de cuidado para as mulheres que usam antibióticos e anticoncepcionais ao mesmo tempo (exceto, claro, no caso da rifampicina). 

Para que não reste dúvida, não há nenhuma prova científica que antibióticos como, azitromicina, amoxicilina, ciprofloxacino, norfloxacino, levofloxacino, sulfametoxazol-trimetoprim (Bactrim), metronidazol, minociclina, tetraciclina, cefalexina, penicilina, nitrofurantoína, fosfomicina, claritromicina, etc., provoquem perda da eficácia dos anticoncepcionais hormonais, sejam sob a forma de pílula, injeção, adesivo ou implantes. 

Portanto, a difundida ideia de que antibióticos cortam o efeito dos anticoncepcionais é falsa na imensa maioria dos casos. 


INTERAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAIS E ÁLCOOL

O consumo regular de álcool (etanol) causa aumento dos níveis de estradiol, podendo potencializar os efeitos colaterais a longo prazo dos anticoncepcionais, como tromboses e neoplasia de mama. A taxa de metabolização do álcool também fica reduzida em quem toma esses hormônios, fazendo com que o mesmo circule no sangue por mais tempo.

INTERAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAIS E ANTICONVULSIVANTES

Drogas usadas no tratamento da epilepsia e da convulsão podem diminuir os efeitos dos anticoncepcionais. Entre eles, podemos citar:

- Fenitoína.
- Fenobarbital.
- Carbamazepina. 
- Primidona. 
- Topiramato. 
- Oxcarbazepina. 

Felizmente, existem outras classes de anticonvulsivantes que podem ser usadas juntos com os anticoncepcionais orais sem risco de interação. São eles: 

- Gabapentina. 
- Lamotrigina. 
- Levetiracetam. 
- Tiagabina. 
- Ácido valproico 

INTERAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAIS E ANTI-HIPERTENSIVOS 

Não existem problemas maiores nesta associação, pois os anti-hipertensivos não cortam os efeitos da pílula. 

Os pacientes que usam o diurético espironolactona ou os anti-hipertensivos da classe dos inibidores da ECA, como ramipril, enalapril e lisinopril, podem apresentar uma taxa um pouco maior de potássio no sangue. Em geral, uma correção da dose dos medicamentos é suficiente para controlar esta alteração. 

INTERAÇÃO ENTRE ANTICONCEPCIONAIS E ERVA DE SÃO JOÃO

A Erva de São João é um medicamento natural usado para depressão (ainda sem eficácia clínica comprovada), que não deve ser usado junto com a pílula, pois reduz a eficácia dos anticoncepcionais.

OUTRAS INTERAÇÕES DOS ANTICONCEPCIONAIS

  • Orlistat - Não há evidências de que o Orlistat (Xenical®) diminua o efeitos dos anticoncepcionais.
  • Ácido retinoico - Derivados do ácido retinoico, como a isotretinoína (Roacutan) podem reduzir a eficácia da pílula anticoncepcional. Pacientes sob tratamento com Roacutan devem usar, além da pílula, um método contraceptivo complementar, como a camisinha.
  • Anticoagulante - A associação de anticoncepcionais com o anticoagulante Varfarina deve ser feita com cuidado, pois a pílula diminui o efeito desta droga.
  • Fluconazol não interfere na eficácia da pílula, mas ele aumenta os níveis sanguíneos de estrogênio quando usado junto com anticoncepcionais orais. 
  • Corticoides - A prednisona e a prednisolona, não cortam o efeito, mas podem ter seus efeitos colaterais potencializados pela associação com a pílula anticoncepcional. 
  • Antirretrovirais - Usados no tratamento da aids, como Nelfinavir, Nevirapine, Ritonavir, podem cortar a eficácia dos anticoncepcionais. De qualquer modo, por motivos óbvios, os paciente portadores do HIV não devem ter relações sexuais sem o uso de preservativos, o que de certo modo atenua o risco de gravidez por falha da pílula. 

As seguintes drogas também NÃO apresentam evidências de redução da eficácia dos anticoncepcionais hormonais: 

- Antidepressivos, como paroxetina, sertralina, escitalopram, citalopram ou fluoxetina. 

- Antivirais, como aciclovir. 

- Antidiabéticos orais ou insulina. 

- Benzodiazepinas, como diazepam, clonazepam, alprazolam. 

-Medicamentos para controle do colesterol, como sinvastatina, atorvastatina ou rosuvastatina. 

- Anti-inflamatórios ou aspirina. 

- Analgésicos, como dipirona ou paracetamol. 

- Sibutramina. 

- Diuréticos. 

- Omeprazol. 


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Fonte : Mdsaude

Alimentos para melhorar o desempenho do Cérebro



Uma alimentação de qualidade é peça-chave para nossa saúde em geral, e para o nosso cérebro, em particular.

A alimentação é um dos poucos fatores de risco para doenças neurológicas passível de ser modificável e controlável.

Uma dieta que inclui bastante vegetais, frutas, legumes, cereais e produtos ricos em carboidratos como pão integral, massas e arroz integral pode diminuir os riscos de desenvolver Alzheimer e Parkinson, além de doenças cardiovasculares e obesidade, que indiretamente também incide sobre a saúde cardiovascular.

A chave é comer alimentos saudáveis, com equilíbrio e moderação, tendo em vista essas recomendações, do ponto de vista do funcionamento do cérebro há diversos nutrientes e alimentos importantes, veja os principais alimentos para melhorar o desempenho do cérebro:

Peixes


Os pescados azuis são ricos em ácido graxo ômega-3, e uma dieta rica neste nutriente "tem demonstrado trazer uma série de benefícios, como um menor declínio cognitivo e um menor risco de doenças como Alzheimer".


Alimentos ricos em Vitamina C

Alimentos ricos em vitamina C são ótimos para a memoria, devido à sua função antioxidante e em razão de participar da produção de neurotransmissores, as biomoléculas responsáveis ​​pela transmissão de informações de um neurônio para outro.

Bananas

As bananas são ricas em piridoxina, uma forma de vitamina B6 que participa do metabolismo dos neurotransmissores.

Cacau e Canela


Alimentos ricos em polifenóis tem demonstrado resultados interessantes na prevenção da perda cognitiva por seu efeito antioxidante que protege os neurônios.

Abacates


Esse alimento, junto do azeite de oliva e de outras fontes de gorduras monoinsaturadas, é "interessante para a prevenção da deterioração cognitiva justamente pela riqueza deste tipo de ácido graxo e também de certos fitoquímicos".

Nozes

As nozes são excelentes fontes de proteínas e gorduras saudáveis.

São ricas em um tipo de ácido graxo ômega-3 chamado ácido ácido alfa-linolênico, que ajuda a reduzir pressão arterial e protege as artérias. Isso é bom tanto para o coração quanto para o cérebro, afirma a Escola de Medicina da Universidade Harvard.

Frutas secas são fontes de proteínas e gorduras saudáveis

Os três inimigos do cérebro

A chave de tudo é a variedade, mas sem deixar de lado a moderação.

"Não existem alimentos milagrosos nem dietas milagrosas, mas há sim inimigos para o cérebro, como o sal, o açúcar e as gorduras trans (encontradas em alimentos processados).


Com informação de BBC

Banana contém o anti-depressivo Triptofano

Comer duas ou três bananas por dia pode ajudar a tratar a depressão, conclui estudo do Instituto de Pesquisas de Alimentos e Nutrição das Filipinas.

A banana contém alto teor de triptofano, aminoácido que, uma vez no cérebro, leva à produção de serotonina, a substância ligada ao bem-estar. A ingestão moderada da fruta aliviaria os sintomas da depressão, afirmam os pesquisadores.

Fernando Fischer

Suco de laranja contem antioxidante hesperidina que protege o coração



















De acordo com uma pesquisa apresentada na conferência anual da Associação Americana do Coração, pessoas que possuem o hábito de tomar suco de laranja podem se considerar menos propensas a sofrer de doenças do coração.

Segundo os autores da pesquisa, um antioxidante chamado hesperidina, contido na fruta, melhora a função vascular, ajudando a reduzir os riscos de males cardíacos.

Fernando Fischer

Benefícios do Café


O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, apesar de alguns preconceitos. Entretanto, tomar um “cafezinho” em doses moderadas pode trazer à saúde mais benefícios que o simples prazer de degustar a tradicional bebida.

O café é uma bebida rica em:

- Minerais,


- Vitamina B,


- Ácidos clorogênicos,

- Antioxidantes naturais;

- Nutrientes que ajudam a prevenir a depressão e suas conseqüências como o tabagismo, alcoolismo e consumo de drogas.

Recomendação diária para consumo de Café


A recomendação dos especialistas é de um consumo de 3 a 4 xícaras diárias (cerca de 500 mg de cafeína), o que estimula a atenção, concentração, memória e o aprendizado escolar.

O consumo diário e moderado de café pelos adultos também pode ajudar ainda a combater a depressão, a quarta principal causa de morte no mundo atualmente, mas que poderá vir a ser a segunda em 2020, conforme informações da OMS (Organização Mundial da Saúde), depois do infarto do miocárdio.

Tudo que você precisa saber sobre Envelhecimento
















O que é envelhecimento? Quando o envelhecimento inicia? Todas as células do organismo humano envelhecem ao mesmo tempo?

Para estas questões, inúmeros cientistas têm dedicado toda suas vidas, em busca das respostas.

O envelhecimento é um extensão biológica dos processos fisiológicos do crescimento e desenvolvimento, começando com o nascimento e terminando com a morte. O envelhecimento ocorre com o implacável passar do tempo, mas poucas pessoas realmente morrem por causa da idade. A maioria morre porque o corpo adoece pela perda da capacidade fisiológica de se recuperar de uma agressão decorrente de estresse, agentes patogênicos (vírus, bactérias, fungos, prions), agentes físicos (radiações eletromagnéticas), agentes químicos, etc.

Como ocorre o envelhecimento a nível celular?


Tem sido observado que com passar do tempo as células perdem a capacidade de se dividir a menos que se tornem cancerosas. Este limite para capacidade de replicação celular foi demonstrado, in vitro, por Hayflick em 1961 a partir de fibroblastos removido do cordão umbilical de recém-nascidos. Este fenômeno recebeu o nome de limite de Hayflick.

No experimento os fibroblastos se dividem até que eles são numerosos o bastante entrar em contato um com outro-um fenômeno chamado inibição de contato. Se diluirmos o material, os fibroblastos dividem novamente até que densidade de máximo é alcançada. Este processo pode ser repetido; porém, depois de aproximadamente 50 divisões, os fibroblastos deixam de se dividir embora a densidade seja baixa. Pensa-se que o limite de Hayflick reflete em processos de vivo. 

Os fibroblastos removidos de pessoas anciãs tendem a dividir menos vezes. Estudos mostraram que a perda de capacidade de replicação não depende do total de células, mas do número de divisões (idade biológica). Quando as células dividem tantas vezes que eles não podem dividir novamente, eles aumentam e existem durante algum tempo antes de morrer gradualmente. Esse processo pode ser demonstrado por alterações no comprimento do DNA.

Os telômeros e a telomerase 

Telômeros são extensões de DNA ao término de cromossomos que servem como manivelas pelas quais são movidos cromossomos durante o telofase de meiose. Telômeros são irreversílmente encurtados em cada divisão celular. Quando os telômeros ficam muito curtos, a célula já não pode dividir. Assim, o mecanismo biológico para o limite de Hayflick é agora compreendido. Uma enzima, a telomerase, é capaz de regenerar o telômero que se “quebrou”.

Nas células que sofrem transformações (ex, células cancerosas), a enzima telomerase alonga os telômeros depois de telofase. Os telômeros de células transformadas não encurtam depois de cada divisão, e assim as células ficam imortais, enquanto dividindo distante além do limite de Hayflick.

As células pós-mitóticas normais (com exceção de fetal e células germinativas – dos ovários e testículos) telomerase expresso em quantias muito pequenas, e o telômeros delas ficam mais curtos depois de cada divisão de célula.

A relevância do limite de Hayflick para senescência do organismo inteiro está obscura. Embora algumas células (células de epitelial intestinais, fibroblastos de pele) divida mais ou menos continuamente ao longo de vida, eles são improváveis para chegar o limite de 50 divisões. Até mesmo se eles fizessem, as células provável causar fracasso funcional durante senescência provavelmente são esses que dividem muito pequeno (células imunes e endócrinas) ou não (neurônios e células musculares).

Diversos mecanismo, diferente de telomerase, podem estar envolvidos na senescence. Por exemplo, RNAmensageiro (mRNA) transferidos de células de senescente para células jovens causa a parada divisão celular. O mRNA age como um gerontogene (uma mutação de gene que aumenta período de vida), de quem função pode se assemelhar a isso de um gene de supressor de tumor (gene p53). Mutações em p53 conduzem a divisão celular descontrolada, câncer, e freqüentemente morte do organismo. Por tanto, mutações em gerontogenes aumentam o número de divisões celulares e ajudam a explicar o surgimento de neoplasias. É certo que, as neoplasias dependem da perda da regulação imunológica deficitária, que permite o seu desenvolvimento desenfreado.

Referências:

Hayflick, L – The celular basis for biological aging. In C.E. Firch & Hayflick (Eds), Handbook of the biology of aging New York; Van Nostrand Reinhold. 1977:159-186.

Rasnick D – Auto-catalysed progression of aneuploidy explains the Hayflick limit of cultured cells, carcinogen-induced tumours in mice, and the age distribution of human cancer. Biochem. J. (2000) 348 (497–506) [on line]

Hayflick, L. and Moorhead, P. S. (1961) The serial cultivation of human diploid cell strains. Exp. Cell Res. 25, 585–621

Hayflick, L. (1965) The limited in vitro lifetime of human diploid cell strains. Exp. Cell Res. 37, 614–636

Wolman, S. R. (1983) Karyotypic progression in human tumors. Cancer Metastasis Rev. 2, 257–293

Hábitos Alimentares e Câncer


Muitos componentes da alimentação têm sido associados com o processo de desenvolvimento do câncer, principalmente câncer de mama, cólon (intestino grosso) reto, próstata, esôfago e estômago.

Alimentação de Risco


Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para crescer, se multiplicar e se disseminar. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. Neste grupo estão incluídos os alimentos ricos em:

  • Gorduras, tais como carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, lingüiças, mortadelas, dentre outros.
Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos. Por exemplo, os nitritos e nitratos usados para conservar alguns tipos de alimentos, como picles, salsichas e outros embutidos e alguns tipos de enlatados, se transformam em nitrosaminas no estômago. As nitrosaminas, que têm ação carcinogênica potente, são responsáveis pelos altos índices de câncer de estômago observados em populações que consomem alimentos com estas características de forma abundante e freqüente.

Já os defumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente da fumaça do carvão, o mesmo encontrado na fumaça do cigarro e que tem ação carcinogênica conhecida.

Os alimentos preservados em sal, como carne-de-sol, charque e peixes salgados, também estão relacionados ao desenvolvimento de câncer de estômago em regiões onde é comum o consumo desses alimentos.

O tipo de preparo do alimento também influencia no risco de câncer. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de câncer de estômago e coloretal. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, fervura, pochê, ensopado, guisado, cozido ou assado.

Estudos demonstram que uma alimentação pobre em fibras, com altos teores de gorduras e altos níveis calóricos (hambúrguer, batata frita, bacon etc.), está relacionada a um maior risco para o desenvolvimento de câncer de cólon e de reto, possivelmente porque, sem a ingestão de fibras, o ritmo intestinal desacelera, favorecendo uma exposição mais demorada da mucosa aos agentes cancerígenos encontrados no conteúdo intestinal. Em relação a cânceres de mama e próstata, a ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no sangue, aumentando o risco da doença.

Há vários estudos epidemiológicos que sugerem a associação de dieta rica em gordura, principalmente a saturada, com um maior risco de se desenvolver esses tipos de câncer em regiões desenvolvidas, principalmente em países do Ocidente, onde o consumo de alimentos ricos em gordura é alto. Já os cânceres de estômago e de esôfago ocorrem mais freqüentemente em alguns países do Oriente e em regiões pobres onde não há meios adequados de conservação dos alimentos (geladeira), o que torna comum o uso de picles, defumados e alimentos preservados em sal.

Atenção especial deve ser dada aos grãos e cereais. Se armazenados em locais inadequados e úmidos, esses alimentos podem ser contaminados pelo fungo Aspergillus flavus, o qual produz a aflatoxina, substância cancerígena. Essa toxina está relacionada ao desenvolvimento de câncer de fígado.

Como Prevenir-se

Algumas mudanças nos nossos hábitos alimentares podem nos ajudar a reduzir os riscos de desenvolvermos câncer. A adoção de uma alimentação saudável contribui não só para a prevenção do câncer, mas também de doenças cardíacas, obesidade e outras enfermidades crônicas como diabetes.

Desde a infância até a idade adulta, o ganho de peso e aumentos na circunferência da cintura devem ser evitados. O índice de massa corporal (IMC) do adulto (20 a 60 anos) deve estar entre 18,5 e 24,9 kg/m2. O IMC entre 25 e 29,9 indica sobrepeso. Com IMC acima de 30 a pessoa é considerada obesa. O IMC é calculado dividindo-se o peso (em kg) pela altura ao quadrado (em m). Veja a fórmula.



               
                      Peso
IMC = ------------------
              (altura x altura)

Frutas, verduras, legumes e cereais integrais contêm nutrientes, tais como vitaminas, fibras e outros compostos, que auxiliam as defesas naturais do corpo a destruírem os carcinógenos antes que eles causem sérios danos às células. Esses tipos de alimentos também podem bloquear ou reverter os estágios iniciais do processo de carcinogênese e, portanto, devem ser consumidos com freqüência.

Hoje já está estabelecido que uma alimentação rica nesses alimentos ajuda a diminuir o risco de câncer de pulmão, cólon, reto, estômago, boca, faringe e esôfago. Provavelmente, reduzem também o risco de câncer de mama, bexiga, laringe e pâncreas, e possivelmente o de ovário, endométrio, colo do útero, tireóide, fígado, próstata e rim.

As fibras, apesar de não serem digeridas pelo organismo, ajudam a regularizar o funcionamento do intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias cancerígenas com a parede do intestino grosso.

A tendência cada vez maior da ingestão de vitaminas em comprimidos não substitui uma boa alimentação. Os nutrientes protetores só funcionam quando consumidos através dos alimentos, o uso de vitaminas e outros nutrientes isolados na forma de suplementos não é recomendável para prevenção do câncer.

Vale a pena frisar que a alimentação saudável somente funcionará como fator protetor, quando adotada constantemente, no decorrer da vida. Neste aspecto devem ser valorizados e incentivados antigos hábitos alimentares do brasileiro, como o uso do arroz com feijão.

Como se Alimenta o Brasileiro

No Brasil, observa-se que os tipos de câncer que se relacionam aos hábitos alimentares estão entre as seis primeiras causas de mortalidade por câncer. O perfil de consumo de alimentos que contêm fatores de proteção está abaixo do recomendado em diversas regiões do país. A ingestão de fibras também é baixa no Brasil, onde se observa coincidentemente, uma significativa freqüência de câncer de cólon e reto. O consumo de gorduras é elevado nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, onde ocorrem as maiores incidências de câncer de mama no país.

Entre os jovens é comum a preferência por alimentos como hambúrguer, cachorro-quente, batata frita que incluem a maioria dos fatores de risco alimentares acima relacionados e que praticamente não apresentam nenhum fator protetor. Essa tendência se observa não só nos hábitos alimentares das classes sociais mais abastadas, mas também nas menos favorecidas. Igualmente nesse grupo, o consumo de alimentos ricos em fatores de proteção, tais como frutas, verduras, legumes e cereais, é baixo.


Fonte: INCA - Ministério da Saúde

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