A Pata-de-Vaca ou Bauhinia variegata é comumente utilizada por diabéticos para controle da glicemia na forma de chá.
Essa função disseminada pela sabedoria popular foi estudada por pesquisadores do Laboratório de Farmacologia Molecular da Universidade de Brasília (UnB) e comprovada cientificamente que o extrato da planta ativa o receptor PPAR-gama, que é um potente estimulador da ação da insulina - hormônio responsável pela entrada de glicose na célula.
No estudo, a atividade do extrato da planta, coletada no campus universitário entre junho e agosto de 2003, também foi comparada a medicamentos utilizados por diabéticos na ativação do receptor PPAR-gama. O princípio testado foi a pioglitazona. A planta ressecada e transformada em pó demonstrou atividade duas a três vezes maior que a ação da pioglitazona na ativação do PPAR-gama. Os cientistas passaram então a testar isoladamente as moléculas do extrato da planta para ver qual delas é responsável por essa ação.
Uma delas, a molécula kaempferol, purificada na Universidade Federal de Santa Catarina, ativou menos o PPAR-gama que a pioglitazona. "Isso significa que há outras moléculas envolvidas no mecanismo da ação da Pata de Vaca que precisam ser estudadas", diz Neves. A pesquisa continua para identificar qual molécula do extrato da planta apresenta essa ação exata. A partir daí, um medicamento mais específico que os já existentes no mercado poderá ser elaborado.
Neves acredita que esse processo
pode levar cerca de três anos. Enquanto isso, recomenda-se o uso bastante moderado do chá.
Modo de preparar:
- Colocar para ferver uma colher das de sopa de folhas secas picadas para uma xícara das de chá de água.
- Ferver por três minutos.
- Cobrir.
- Deixar amornar até chegar à temperatura apropriada para beber.
- Coar.
Indicação: Diabetes de adultos.
Modo de usar: Tomar uma xícara de chá três vezes ao dia. Repetir o tratamento e fazer o controle da glicose.
Contra-indicação
Não consta da literatura consultada. Porém, não se deve ultrapassar a dosagem.