Bioidênticos

Em 2002, foi publicado pelo JAMA, um grande estudo denominado WHI envolvendo mais de 16.000 mulheres em vários centros médicos nos EUA, em Terapia de Reposição Hormonal (TRH) convencional que utiliza estrógenos extraídos de éguas prenhes e acetato de medroxiprogesterona. Este estudo foi interrompido antes da previsão final (2005) devido ao elevado aumento dos riscos câncer de mama, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e tromboembolismo venoso.

Nessa época estima-se que existia mais de 60 milhões de mulheres no mundo inteiro fazendo uso dessa associação de hormônios. O número de usuárias dessas substâncias caiu drasticamente nos anos posteriores a publicação do estudo.

Definições importante:


  • Hormônio Natural: O termo natural diz respeito a uma substância retirada da natureza que não passa por nenhum processo de transformação industrial e pode ser de origem vegetal, animal ou mineral.



  • Hormônio Sintético: O termo sintético refere-se a uma substância que passou por um processo industrial de síntese, transformação ou modificação em sua estrutura química. Desse modo, os termos natural e sintético referem-se à origem ou à fonte de uma substância e não estão relacionados a sua estrutura química.



  • Hormônio Bioidêntico: O termo bioidêntico refere-se a uma substância cuja estrutura molecular é exatamente idêntica à dos equivalentes produzidos pelo nosso próprio organismo, independentemente da fonte da qual se origina (assim pode ser natural ou sintética).


Alguns exemplos:


  • Estrógenos conjugados - Substância extraída da urina de éguas prenhes com ação hormonal. É uma substância natural, mas não, bioidêntica, porque refere-se aos hormônios produzidos pelas éguas e não pelos seres humanos.



  • Acetato de medroxiprogesterona - Substância obtida por síntese química na indústria. É, portanto, sintética, mas não é bioidêntica.



  • Isoflavona de soja - Fitohormônio extraído da soja, de origem natural e com alguma atividade hormonal. No entanto, não é bioidêntico aos hormônios humanos.



  • Estradiol, estrona, estriol, DHEA, pregnenolona, progesterona, testosterona, tiroxina, triiodotireonina - São hormônios bioidênticos aos produzidos pelo organismo humano, independentemente da fonte da qual se originam.


Terapia de Modulação Hormonal Bioidêntica (TMHB) - Refere-se ao uso apenas de hormônios bioidênticos, no lugar de substâncias estranhas ao organismo humano.

Considerando que a atividade de um hormônio é determinada em parte pela sua estrutura química, que possibilita a ligação deste no que chamamos de sítio de ação específico dentro do organismo, pode-se concluir que, ao serem utilizadas substâncias quimicamente diferentes, esta ligação fica prejudicada podendo nem ocorrer e estas substâncias podem não exercer o efeito esperado.

Por outro lado, ao utilizarmos hormônios quimicamente iguais (bioidênticos) aqueles que por variados motivos o organismo humano deixou de produzir ou reduziu a produção, a chance desta ligação ocorrer aumenta consideravelmente e consequentemente aumenta também o efeito hormonal.

Ainda seguindo nessa linha de raciocínio, podemos deduzir também, que da mesma forma que uma substância dentro do organismo tem um efeito, também deverá ser transformada e/ou eliminada, e nosso organismo é “programado” para fazer isto com as substâncias que reconhece. A transformação de uma substância não reconhecida como um medicamento ou um hormônio não-bioidentico pode gerar substâncias nocivas e prejudiciais que conferem o que conhecemos por efeitos adversos indesejáveis.

A utilização de hormônios bioidênticos, quando devidamente determinada pelo médico, proporciona ao paciente maior eficácia e segurança, com menor incidência de efeitos indesejáveis.

Devemos alertar que, embora as informações publicadas neste site sejam consultadas em fontes consideradas confiáveis e à disposição até o presente momento, não substituem nenhum tratamento ou orientação. Assim como qualquer outro medicamento, os hormônios bioidênticostambém só devem ser usados mediante prescrição e com o conhecimento e o consentimento do seu médico.
FOnte : http://www.bioidenticos.com.br/conheca.php

Diczfalusy E.- Menopause, developing countries and the 21st century. Acta Obstet Gynecol Scand Suppl 1986;134:45-57

Speroff L.- Preventive health care for older women.
Int J Fertil Menopausal Stud 1996 Mar-Apr;41(2):64-8

Kaufert P, Boggs PP, Ettinger B, Woods NF, Utian WH.- Women and menopause: beliefs, attitudes, and behaviors. The North American
Menopause Society 1997 Menopause Survey.
Menopause 1998 Winter;5(4):197-202

Hargrove JT, Maxson WS, Wentz AC, Burnett LS. - Menopausal hormone replacement therapy with continuous daily oral micronizedestradiol and progesterone.
Obstet Gynecol 1989 Apr;73(4):606-12

Wright JV, Schliesman B, Robinson L.- Comparative measurements of serum estriol, estradiol, and estrone in non-pregnant, premenopausal women; a preliminary investigation.
Altern Med Rev 1999 Aug;4(4):266-70

Lee JR. - Is natural progesterone the missing link in osteoporosis prevention and treatment?
Med Hypotheses 1991 Aug;35(4):316-8
Erratum in: Med Hypotheses 1991 Oct;36(2):178

Writing Group for the Women's Health Initiative Investigators. - Risks and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal women:principal results From the Women's Health Initiative randomized controlled trial. JAMA. 2002 Jul 17;288(3):321-33.

Lunenfeld B. - Androgen therapy in the aging male.
World J Urol. 2003 Nov;21(5):292-305. Epub 2003 Oct 24.

McClure RD. - Androgen deficiency and the aging male: new urologic perspectives. Curr Urol Rep. 2001 Dec;2(6):453-9.

Morales A, Heaton JP, Carson CC 3rd. - Andropause: a misnomer for a true clinical entity. J Urol. 2000 Mar;163(3):705-12. Comment in: J Urol. 2000 Oct;164(4):1319.

Pesquise um Assunto aqui:

Já disponível para baixar!



Leia mais