Vírus são pacotinhos de genes — nem dá pra chamar de “ser” ou “micro-organismo” porque eles dependem de uma célula viva para se replicar e sobreviver — que estão em evolução contínua. Tudo para se adaptar melhor ao(s) hospedeiro(s) e se perpetuar.
Nessa corrida pelo sucesso, eles sofrem mutações que ajudam e outras que atrapalham sua propagação, e mesmo o pulo para as demais espécies animais.
E de onde vem a praga atual?
Tudo leva a crer: morcegos.
É provável que o contato silvestre tenha sido o principal vetor de transmissão.
Nessas situações, as pessoas têm contato com saliva e fezes dos morcegos. Essa tese teria mais sustento que a de que tudo começou com alguém que degustou sopa de morcego.
No entanto, a caça desses animais e a introdução deles em mercados pode ter dado sua pitada de contribuição.
Na história natural da passagem para o corpo humano, ainda se suspeita que o vírus da Covid-19 possa ter feito um pit stop evolutivo num mamífero chamado pangolim.
O certo, porém, é que a coisa veio de morcegos. E lá na China.
Para aqueles que curtem teorias da conspiração: a história de que o SARS-CoV-2 teria sido fabricado em laboratório não tem respaldo algum da ciência.
Inclusive, pesquisas preliminares indicam que, pela análise genômica do vírus, há um padrão de mutações aleatório que o tornou mais infeccioso para nossa espécie. Não é tecnologia. É seleção natural!
Com informações de Saúde.abril