A quantidade de glicose que existe no sangue é chamada de glicemia. A glicemia depende diretamente da insulina produzida pelo pâncreas e da quantidade de açúcar - ou carboidratos - que ingerimos durante o dia. Portanto, para se atingir um equilíbrio ideal na quantidade de glicose no sangue é necessário que exista, pelo menos, um balanço entre o que comemos e a quantidade de insulina que o pâncreas produz.
Se comermos muitos carboidratos, nossa glicemia vai subir... Porém, se o pâncreas estiver funcionando bem, produzirá rapidamente uma quantidade maior de insulina para fazer com que toda aquela glicose possa ser aproveitada pelas células. Mas, e se o pâncreas não conseguir aumentar sua produção de insulina? Ao respondermos a essa pergunta, começamos a entender o que é o diabetes.
Sempre que a insulina produzida não for suficiente para colocar a glicose para dentro das células, teremos um excesso de glicose do sangue. É o que chamamos de hiperglicemia. Por outro lado, se comermos pouco carboidrato em relação à quantidade de insulina que está circulando, sobrará pouca glicose no sangue. Neste caso, falamos em hipoglicemia.
Hipoglicemia
Você, provavelmente, já deve ter sentido um mal-estar ou tontura após ter ficado muito tempo sem comer. Essas sensações podem indicar hipoglicemia.
A falta de alimentos - principalmente de carboidratos - faz com que haja pouca glicose disponível para as células, uma vez que a insulina do sangue não pára nunca de colocar glicose para dentro delas. Os sintomas dessa hipoglicemia podem variar desde mal-estar, fome, tonturas e tremores, até condições mais graves como confusão mental, convulsões ou coma, a depender da quantidade de glicose que ainda fica na circulação.
Os casos mais leves de hipoglicemia, em geral, são tratados facilmente, bastando ingerir um pouco de carboidratos de ação rápida, como água com açúcar, balas, suco de laranja, leite ou refrigerante. Já os casos mais graves precisam ser tratados em hospital, com glicose intravenosa.
Possíveis sintomas de Hipoglicemia:
- Cansaço e mal-estar
- Confusão mental
- Tremores
- Alterações visuais
- Taquicardia
- Alterações do comportamento
- Palidez
- Convulsões
- Sudorese
- Perda de consciência
- Sensação de fome
- Coma
Hiperglicemia
É comum alguém ter hiperglicemia?
Não, a não ser que essa pessoa tenha diabetes e que seu tratamento não esteja surtindo o efeito desejado. Neste caso, a glicose do sangue não está conseguindo ser adequadamente utilizada pelas células, seja pela falta de produção suficiente de insulina, seja por algum problema da própria célula que a impeça de receber a glicose.
Em todo o caso, quando alguém apresenta hiperglicemia, surgem sintomas como excesso de sede e fome e aumento da quantidade e freqüência de urina, uma vez que os rins começam a eliminar o excesso de glicose. Casos mais graves podem levar à cetoacidose, à confusão mental e até mesmo ao coma, principalmente no diabetes tipo 1. Se a hiperglicemia persistir cronicamente, como costuma ocorrer em pessoas com diabetes mal controlados, podem surgir complicações renais, oculares e cardiovasculares.