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Alimentos que Grávidas devem Evitar Comer

Alimentos podem ser fonte de toxinas perigosas ao desenvolvimento do feto e de infecções potencialmente causadoras de malformações, como, por exemplo, a toxoplasmose.

Por isso, a maioria das gestantes precisa adaptar sua dieta para minimizar a ocorrência de intoxicações que possam provocar efeitos negativos a curto e a longo prazo na vida do bebê.

Não são só os tipos de alimentos que precisam ser trocados, mas também a forma como os mesmos são preparados. Quando a grávida come os alimentos errados, ela está colocando a saúde do seu bebê em risco.

CARNE MAL PASSADA

Uma das grandes preocupações na gravidez é em relação ao consumo de carnes cruas ou mal passadas, pois elas podem ser fonte de ovos do Toxoplasma gondii, parasito causador da toxoplasmose. A toxoplasmose é uma das infecções mais perigosas de se adquirir na gravidez, pois o risco de gerar malformações no feto é elevadíssimo.

Qualquer carne crua, seja de vaca, porco, frango, pato, peru, etc., pode estar contaminada com ovos do parasito. Felizmente, esse ovos não resistem ao processo de cozimento. Portanto, carnes ao ponto ou bem passadas podem ser consumidas normalmente pelas gestantes.

As pessoas que já tiveram toxoplasmose durante a vida encontram-se imunizadas e não correm risco de ter a doença durante a gravidez. Como a toxoplasmose é uma doença que não provoca sintomas na maioria dos casos, a maioria das pessoas só descobre que já foi contaminada através de exames de sangue. Portanto, se durante o exame pré-natal você descobrir que nunca teve toxoplasmose, isso significa que você é uma grávida susceptível, que deve redobrar os cuidados com o consumo de carnes.

Mesmo que você tenha sorologia positiva para toxoplasmose, indicando imunidade contra a doença, sugerimos que evite carnes cruas ou mal passadas, pois além da toxoplasmose existem outras infecções que podem ser adquiridas pelo consumo de carnes mal cozidas.

EMBUTIDOS OU ENCHIDOS

Alimentos tais como linguiças, chouriços, salame, calabresa, presuntos, etc, são feitos com carne crua e, por isso, podem ser também fontes de ovos da toxoplasmose. Portanto, eles não devem ser consumidos sem serem antes cozinhados.

Uma das formas de reduzir o risco de transmissão da toxoplasmose é através do congelamento dessas carnes, uma vez que os ovos do Toxoplasma gondii não resistem a temperaturas muito baixas. O ideal é manter as carnes congeladas por pelo menos 4 a 5 dias antes de consumi-la.

Outro risco dos embutidos é a contaminação pela bactéria Listeria, que pode provocar intoxicação alimentar e maior risco de aborto ou parto prematuro. É importante salientar que a infecção por Listeria é pouco comum, correspondendo à apenas 1% dos casos de intoxicação alimentar.

Nas grávidas com sorologia negativa para toxoplasmose, o ideal é não consumir embutidos crus. Se o desejo for muito grande, pelo menos consuma somente as carnes que tenham sido previamente congeladas.

SUSHI-PEIXE CRU

A carne de peixe não é uma fonte habitual de transmissão da toxoplasmose, mas a contaminação pode ocorrer se água na qual o peixe foi pescado encontra-se contaminada com fezes de gatos. Apesar do tisco de toxoplasmose ser baixo, assim como qualquer outra carne mal cozida, os peixes podem ser também fonte de intoxicações alimentares, principalmente se forem mal conservados ou preparados de forma pouco higiênica.

Há muita controvérsia quanto à segurança do consumo de peixo cru, tipo sushi. Em geral, se o peixe for conservado em temperaturas abaixo de zero grau, o frio elimina grande parte das bactérias e parasitos que possam existir, inclusive os ovos de Toxoplasma gondii. Se você quiser ir ao um restaurante de sushi, opte por um com alto padrão de higiene e converse com o gerente sobre as condições de preservação do peixe cru. Os bons restaurantes japoneses optam por congelar os peixes e depois os mantêm em baixas temperaturas para minimizar os risco de intoxicação alimentar nos seus clientes.

Além disso, muitos restaurantes de sushi recebem o seu salmão vindo de “fazendas” de peixes. Nestes locais, o peixe é criado em cativeiro, e o risco da água estar contaminada com ovos deToxoplasma gondii é praticamente nulo. O “salmão cultivado” é seguro para o consumo na gravidez.

Portanto, apesar de ser muito comum encontrarmos sites que afirmam que o consumo de sushi é proibido na gravidez, falta embasamento científico para essa proibição. Na Inglaterra, por exemplo, o site do NHS (Sistema Nacional de Saúde de lá) deixa bem claro que o consumo de sushi na gravidez não é contraindicado, desde que as condições acima sejam respeitadas.

Peixes defumados costumam ser seguros, porém, esse tipo de preparo não elimina o risco de contaminação pela bactéria Listeria, que, como já dissemos, pode provocar um maior risco de aborto.

PEIXE

A ingestão de peixes, principalmente se forem bem cozidos, não costuma ser um problema na gravidez. Porém, alguns tipos de peixe contêm altas concentrações de mercúrio, uma substância altamente tóxica ao sistema nervoso no feto.

O consumo de peixes habitualmente ricos em mercúrio é proibido durante a gestação. Tubarão, peixe-espada, cavala e alguns tipos de atum são alguns exemplos. Em alguns países, como os Estados Unidos, o consumo de peixes na gravidez, mesmo atum enlatado, sardinha e salmão, que possuem baixos teores de mercúrio, costuma ser limitado a 2 refeições por semana. Esta restrição, porém, é vista por muitos médicos como excessivamente cautelosa. Em geral, se o peixe não tiver origem em regiões com alta incidência de contaminação por mercúrio, o seu consumo não precisa ser limitado.

CAMARÃO OU FRUTOS DO MAR

Camarão, lagosta e outros frutos do mar não costumam ter níveis elevados de mercúrio, sendo, portanto, seguros na gravidez. É importante salientar, contudo, que mariscos se contaminam com bactérias com muita facilidade. Logo, é importante certificar-se que os mesmos estejam muito bem cozidos antes de comê-los. Nenhum tipo de marisco cru deve ser consumido durante a gravidez.

VERDURAS E LEGUMES

Verduras e legumes crus podem estar contaminados com ovos da toxoplasmose. Qualquer vegetal que venha a ser comido cru deve ser bem lavado antes de ir à mesa. Se o vegetal for bem limpo ou cozinhado, ele pode ser consumido sem problemas.

OVO

Ovos são frequentemente contaminados pela bactéria Salmonella, que pode causar formas graves de intoxicação alimentar.

As orientações quanto ao consumo de ovos são as mesmas que as das carnes. O seu consumo é permitido, contando que o ovo esteja bem cozido. A grávida deve lembrar-se que alguns molhos, sorvetes ou maioneses caseiros podem ser feitos com ovo cru. Maionese e sorvetes comerciais são feitos com alimentos pasteurizados, o que elimina o risco de contaminação por bactérias.

QUEIJOS OU LEITE

Laticínios podem estar contaminados com a bactéria Listeria. Queijos, como Brie, Camembert, Roquefort, Feta e Gorgonzola, se feitos de forma caseira, devem ser evitados. Qualquer leite não industrializado também. Queijos e leites industrializados são seguros, pois eles são pasteurizados, um procedimento que destrói os germe presentes nos alimentos.

CHOCOLATE

O consumo de chocolate não é contraindicado na gravidez. Não há nenhuma substância em quantidades relevantes no chocolate que seja nociva para a grávida ou seu bebê, exceto pelo açúcar. Na verdade, o único problema do consumo livre de chocolate durante a gestação é exatamente a grande quantidade de calorias e carboidratos que a grávida acaba acaba ingerindo, o que pode levar a um ganho de peso excessivo e às suas consequentes complicações, como diabetes gestacional e hipertensão.

CAFÉ

Apesar de também ser um tópico controverso, alguns estudos demonstraram que o consumo exagerado de cafeína pode provocar aborto, parto prematuro e atraso no crescimento fetal. Não é preciso cortar radicalmente as suas fontes de cafeína, mas, atualmente, a maioria dos médicos sugere um consumo máximo de 200 a 300 mg de cafeína por dia.

Apenas como referência, uma xícara de café de 50 ml contém cerca de 60 a 70 mg de cafeína. Uma lata de Coca-Cola tem entre 40 e 50 mg de cafeína. Uma barra de chocolate tem menos de 10 mg.

ÁLCOOL

Outro tema controverso. Historicamente, o consumo de bebidas alcoólicas sempre foi contraindicado na gravidez. Sabemos que o consumo moderado a pesado de álcool na gestação está relacionados a diversos problemas no desenvolvimento do feto. O Álcool é reconhecidamente uma droga teratogênica (causadora de malformações). Porém, nos últimos anos alguns estudos têm mostrado que o consumo leve ou apenas ocasional de álcool não parece provocar relevantes alterações no desenvolvimento do bebê.

O problema é que não sabemos qual é a fronteira entre o que pode ser considerado consumo seguro e consumo danoso. Na verdade, o mais provável é que a resposta seja individual. O que pode ser seguro para algumas gestantes, pode levar a problemas gestacionais em outras. Por isso, as principais Sociedades de Obstetrícia do mundo mantêm a orientação de evitar complemente o consumo de álcool na gravidez.

Se você acabou de descobrir que está grávida e lembrou-se que bebeu uma taça de vinho à refeição ou um copo de cerveja ontem à noite, não se preocupe, o risco desse consumo lhe trazer algum mal é praticamente inexistente.

AMENDOIM

Até pouco tempo atrás os médicos orientavam suas gestantes a evitar alimentos que contivessem amendoim. Imaginávamos que com essa medida a incidência de bebês com alergia ao amendoim fosse reduzida. Trabalhos recentes, porém, mostraram que o consumo de amendoim na gravidez não tem influência nenhuma no risco do bebê vir a ser alérgico.

Fonte : MD Saúde

Álcool e medicamentos não combinam - Quanto tempo devo esperar?


A ingestão de álcool com medicamentos tem causado altos índices de intoxicação medicamentosa, deste modo todos devem estar alerta para evitar este problema. Veja algumas orientações sobre o assunto.

O álcool quanto as substâncias que compõem os fármacos precisam ser absorvidas, distribuídas, metabolizadas e excretadas no organismo.
Quando administrados simultaneamente, esses processos podem ficar prejudicados. 
Como o álcool influencia diretamente na absorção de substâncias no estômago, na metabolização do fígado e na excreção pelos rins, o uso de bebidas pode intensificar de maneira perigosa ou diminuir drasticamente a ação do medicamento.

ÁLCOOL ASSOCIADO COM CALMANTES

A ação do álcool com os medicamentos que agem no sistema nervoso central (SNC), como os barbitúricos (fenobarbital) e benzodiazepínicos (clonazepam, bromazepam, alprazolam), podem provocar depressão ou até sensações prazerosas, mas culminam num quadro grave de intoxicação.

ÁLCOOL E ANTIBIÓTICOS

Tomar antibiótico e álcool não é uma boa ideia, a associação pode levar a efeitos graves do tipo antabuse ou seja ocorre um acúmulo de acetaldeído e quando o paciente consome álcool o medicamento causa vasodilatação e consequente queda de pressão arterial, taquicardia, náusea, vômito, confusão mental, fraqueza, rubor, sudoração e cefaleia. 
Há a recomendação, inclusive, de que se deve aguardar por três dias após tratamento com metronidazol para voltar a beber álcool. Outros antibióticos que podem potencializar o efeito de hepatotoxicidade quando se ingere álcool são a eritromicina, rifampicina, nitrofurantoína.

ÁLCOOL COM ASPIRINA

Como o AAS é um antiagregante plaquetário, o álcool aumenta o efeito anticoagulante podendo causar hemorragia.

ÁLCOOL E ANTICONVULSIVANTES

O medicamento (fenobarbital, topiramato, gabapentina, carbamazepina) perde a eficácia contra as crises de epilepsia. Sintomas como pressão baixa, tonturas, vertigens, desmaios, rubor, dor de cabeça e palpitações cardíacas surgem quando associado a sildenafil.

ÁLCOOL COM ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS

Aumentam o risco de úlcera gástrica e sangramentos como, por exemplo, o ácido acetilsalicílico, ibuprofeno e diclofenacos. Recomenda-se atenção máxima quando se constatar fezes escurecidas (sangrentas), tosse com sangue ou vômito que aparente borra de café. Devem procurar o serviço médico pois esses podem indicar hemorragia no estômago.

ÁLCOOL COM ANTI-HIPERTENSIVO

Com substâncias como o atenolol, pode ter efeitos aditivos em diminuir a pressão arterial. O indivíduo pode sentir dor de cabeça, tonturas, vertigens, desmaios e/ou alterações no pulso ou frequência cardíaca. Esses efeitos secundários são mais susceptíveis de serem vistos no início do tratamento, após um aumento da dose, ou quando o tratamento é reiniciado depois de uma interrupção.

ÁLCOOL E ANTIALÉRGICOS

Aumenta o efeito sedativo e causa tonturas e desequilíbrio. Anti-histamínicos (dexclorfeniramina, loratadina) e álcool podem gerar efeitos indesejáveis como por exemplo, no caso do uso de dextrometorfano e prometazina, pode aumentar os efeitos secundários do sistema nervoso, como tonturas, sonolência e dificuldade de concentração. Algumas pessoas também podem sofrer prejuízo no pensamento e julgamento, bem como comprometimento na coordenação motora. Portanto, deve-se evitar ou limitar o uso de álcool durante tratamento com dextrometorfano.

ÁLCOOL COM ANTIDIABÉTICOS

Também pode causar efeito antabuse. Uso agudo de etanol prolonga os efeitos enquanto que o uso crônico inibe os antidiabéticos.

ÁLCOOL COM PARACETAMOL

Pode causar sérios efeitos colaterais que afetam o fígado. Deve-se procurar o serviço médico imediatamente se sentir febre, calafrios, dor nas articulações ou inchaço, cansaço excessivo ou fraqueza, sangramento anormal ou hematomas, erupção cutânea ou prurido, perda de apetite, náuseas, vômitos ou amarelecimento da pele ou da parte branca dos olhos.

ÁLCOOL ASSOCIADO COM A CAFEÍNA

A cafeína também é um diurético e o seu abuso em conjunto com o álcool pode levar a desidratação e piorar os sintomas da ressaca no dia seguinte. Portanto deve ficar sempre atento a energéticos que contenham cafeína em sua formulação.

QUANTO TEMPO ESPERAR?

O fígado leva, aproximadamente, uma hora para metabolizar uma simples taça de vinho, chope ou ainda um daqueles copos bem pequenos de destilado.

Os efeitos do álcool variam de pessoa para pessoa, além de outros fatores. "Se o indivíduo bebe com o estômago vazio, os efeitos do álcool pelo corpo podem aparecer mais rápido, assim como o corpo feminino demora mais para metabolizar o álcool".

Com base nos estudos apresentados, recomenda que se espere no mínimo uma hora para cada dose de bebida alcoólica ingerida antes de tomar o medicamento.

Converse com o farmacêutico: esclareça todas as suas dúvidas sobre medicamentos. As orientações desse profissional podem contribuir para o sucesso e segurança do tratamento.

Fonte: CRF-SP

Principais Interações entre Medicamentos

As interações medicamentosas pode abolir o efeito do medicamento ou potencializá-lo além do seguro, podendo, em casos extremos, gerar depressão respiratória e até morte”, alerta Luciane Cruz Lopes, farmacologista e consultora do Ministério da Saúde e coordenadora da Comissão Multidisciplinar de Revisão da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais no Brasil (SP).

Não há um levantamento preciso, mas estima-se que, somente no Brasil, o número de medicamentos disponíveis fique entre 50 e 60 mil. E em algum momento da vida é muito provável que a pessoa tenha de tomar mais de um remédio. Por isso, contar com acompanhamento médico e manter-se informada são cuidados essenciais.


Antidepressivos x erva-de-são-joão

A erva é a que leva o nome científico de Hypericum perforatum. Ela é bastante usada como antidepressivo, mas, quando associada a outros medicamentos alopáticos, como a fluoxetina ou a sertralina, pode potencializar seu efeito e causar alterações no sistema nervoso central. A erva também diminui o efeito da ciclosporina, droga que evita rejeição nos transplantes de órgãos, dos quimioterápicos e de antivirais contra o vírus HIV.


Ácido acetilsalicílico x chá de camomila


Tanto o ácido quanto a camomila contêm anticoagulantes. No caso da erva, são as cumarinas. “Isso aumenta o risco de sangramento”, diz José Ruben de Alcântara Bonfin, médico sanitarista e diretor executivo da Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos (SP). Mas como a quantidade presente no chá é pequena, a chance de isso acontecer também não é grande. Já no caso do uso associado da ginkgo biloba, o risco é maior. É que na planta há um grupo de substâncias chamadas triterpenos, que dificultam a agregação das células do sangue chamadas plaquetas e, consequentemente, também aumentam o risco de hemorragia.


Antibiótico x leite


Você já deve ter ouvido da sua mãe o seguinte conselho: “tome seu remedinho com leite para proteger o estômago”. Dessa vez, desobedeça, porque se trata de um duplo erro se esse medicamento for um antibiótico. Primeiro porque o leite não protege o estômago. Segundo porque o cálcio atrapalha o efeito principalmente da tetraciclina, que trata infecções.


Sibutramina / finasterida


A primeira é usada por quem está tentando emagrecer, porque reduz o apetite. Já a segunda trata a queda de cabelo. Embora não seja uma associação muito comum, há casos descritos pela medicina que mostram que a mistura pode levar a um surto psicótico. O mecanismo ainda precisa ser mais bem explicado, mas tudo indica que a combinação aumenta a quantidade dos neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina disponíveis no cérebro, o que levaria à condição.


Leia aqui : Uso de dipirona pode diminuir a Imunidade e as Plaquetes


Álcool e Medicamentos

Antibiótico: não diminui o efeito, mas o tempo que a substância permanece na corrente sanguínea em níveis adequados, porque aumenta a eliminação de urina. Assim, um remédio que era para ter efeito durante oito horas, pode durar apenas sete.

- Antidepressivos e drogas sedativas: potencializa o efeito, porque também age sobre o sistema nervoso central. Pode também levar ao aumento da pressão sanguínea.

- Benzodiazepínicos (usados para equilibrar a tensão e a ansiedade): provoca uma depressão do sistema nervoso central, podendo levar à morte.

- Lítio (usado como antidepressivo): a ingestão do álcool aumenta a perda de água pelo organismo, prejudicando a eliminação das toxinas provenientes desse medicamento.

- Medicamentos para o coração, como propranolol: a associação pode provocar sonolência,desfalecimento e ainda reduzir o efeito terapêutico.


Barbitúricos x antiácidos


Usados principalmente por quem tem problema para dormir, os barbitúricos são bem absorvidos pelo sistema digestório quando o meio é ácido. Os antiácidos — como o próprio nome já diz — alteram o pH principalmente da região do estômago e intestino. Assim, uma parte significativa dos barbitúricos vai parar na urina em vez da corrente sanguínea. Aí, já viu: noite em claro, na certa!


Anticoncepcionais x antibióticos

A briga é grande. Os dois acabam competindo e quem leva a melhor é o antibiótico. Ambos são processados no fígado, e o antibiótico acaba mobilizando a maior parte das enzimas que fazem o trabalho. Assim, os anticoncepcionais não são processados devidamente e, se não for tomado um cuidado adicional, como o uso da camisinha, um bebê pode aparecer nove meses depois do tratamento. Esse alerta está em muitas bulas de pílula. Mas não são todos os antibióticos que provocam esse estrago. “Comprovação científica mesmo só há para a rifampicina, usada no tratamento de tuberculose, hanseníase e meningite”, exemplifica José Ruben.

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Antiespasmódicos x anti-histamínicos


Os primeiros são usados para diminuir os gases e a sensação de barriga estufada e o segundo, como antigripais e antialérgicos. Ou seja, estão entre as drogas mais usadas na automedicação. Isso é um problema porque, quando ingeridos juntos, os efeitos dos antiespasmódicos são potencializados, podendo aparecer palpitações, arritmia e boca seca.


Antagonistas da vitamina K  e folhas escuras 


Facilita a coagulação do sangue e os antagonistas dessa vitamina são drogas que, no dito popular, “afinam o sangue”. Ou seja, evitam que se formem coágulos na corrente. Acontece que todas as folhas são ricas nesse tipo de vitamina. Assim, se combinados, por mais que o remédio trabalhe, não dá conta de neutralizar toda a vitamina K que circula no organismo.

Fonte: Corpo a corpo

Alimentos que alteram o efeito dos Medicamentos



Sabia que álcool, café, abacate e outros alimentos podem interferir no efeito dos remédios que você usa? É isto mesmo, vários alimentos tem o poder de diminuir ou aumentar o efeito dos medicamentos, por isso é preciso ficar atento na hora da medicação.

A interação química de determinados tipos de fármacos com alimentos e bebidas pode se dar de algumas maneiras: diminuindo ou aumentando a absorção do princípio ativo – alterando, assim, o resultado do tratamento; interferindo no aproveitamento dos nutrientes da comida e até gerando reações adversas diferentes das previstas na bula.

O certo é tomar os remédios sempre com água, além de ler a bula para conhecer possíveis interações com aquilo que você come e bebe.

Veja aqui algumas combinações que podem colocar sua saúde em risco.

Álcool + estabilizadores do humor


Deve-se evitar a combinação de bebida com todo e qualquer tipo de medicamento.
A mistura mais perigosa é com aqueles que agem no sistema nervoso central, como antidepressivos, calmantes, remédios para dormir e anticonvulsivantes. Nesses casos, o álcool, que também atua diretamente no cérebro, tende a potencializar o efeito do fármaco, podendo provocar insônia, agitação, insuficiência respiratória, arritmia cardíaca e até levar ao coma.

O álcool também pode atrapalhar a absorção de certos remédios por ser processado no fígado, é o caso de antibióticos e anticoncepcionais. Não dá para afirmar que bebida alcoólica corta o efeito do remédio, o consumo conjunto pode sobrecarregar o órgão, mas o uso moderado não deve afetar o efeito do remédio.

Vitamina K + anticoagulante

O nutriente presente em couve, espinafre, repolho, couve-flor, couve-de-bruxelas, kiwi, abacate, entre outros vegetais, favorece a coagulação sanguínea e evita hemorragias.

Quem toma medicamentos anticoagulantes à base de varfarina (pacientes que tiveram ou correm risco de desenvolver trombos, como portadores de doenças cardíacas), portanto, deve seguir as orientações médicas para a alimentação não diminuir a eficácia do remédio.

Leite + antibiótico

O cálcio dos laticínios pode inativar o efeito da tetraciclina, antibiótico bastante usado no tratamento de acne e no combate a um amplo espectro de bactérias. O medicamento adere ao mineral e acaba tendo sua eficácia reduzida. A recomendação é dar um intervalo de uma hora entre a administração do antibiótico e a ingestão de leite, queijo ou iogurte. O cálcio também interfere na absorção do ferro presente em remédios para tratar anemia.

Cafeína + broncodilatadores

Não se deve associar produtos que contêm cafeína (chás preto e verde, refrigerantes, bebidas energéticas e chocolate, além de café) e remédios cujo princípio ativo é a teofilina (prescritos para asma, bronquite e doença pulmonar obstrutiva crônica). Isso porque as substâncias se sobrepõem, elevando a toxicidade do medicamento e intensificando efeitos adversos como taquicardia e agitação. O mesmo pode acontecer ao misturar cafeína e o antibiótico ciprofloxacino, resultando em dor de cabeça, insônia e náusea.

Tiramina + antidepressivos

Queijos, vinho, embutidos, conservas e outros alimentos fermentados contêm tiramina, substância que pode reagir com antidepressivos inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) potencializando a absorção da droga pelo organismo e causando aumento súbito da pressão arterial e enxaqueca.

Efeitos provocados pela Interação de Álcool com Medicamentos

O álcool quanto as substâncias que compõem os fármacos precisam ser absorvidas, distribuídas, metabolizadas e excretadas no organismo. Quando administrados simultaneamente, esses processos podem ficar prejudicados. Como o álcool influencia diretamente na absorção de substâncias no estômago, na metabolização do fígado e na excreção pelos rins, o uso de bebidas pode intensificar de maneira perigosa ou diminuir drasticamente a ação do medicamento. O mesmo acontece com os fitoterápicos, que são substâncias de origem natural, porém, comportam-se como medicamentos quando ingeridos.

O tipo de bebida e as características individuais dos medicamentos influenciam diretamente na forma e intensidade das reações. Os efeitos no organismo podem variar de intensidade dependendo do indivíduo e da quantidade ingerida, do horário e do tempo de utilização do medicamento. Pessoas idosas, mulheres e asiáticos podem apresentar características metabólicas um pouco diferenciadas, o que pode potencializar os efeitos do álcool no organismo.

As reações adversas variam desde alterações gastrointestinais, como náuseas e vômitos, ou reações mais intensas como dores de cabeça, palpitações, hipotensão, tontura, taquicardia, convulsões, intoxicação aguda, coma e até a morte.

Em alguns casos, mesmo que a pessoa consuma bebida alcoólica em horário distinto da medicação, existe o risco da ocorrência de reações adversas graves. O mais importante é que o usuário, ao comprar o medicamento, procure a orientação de um farmacêutico para se esclarecer sobre a forma correta e segura de administrá-lo. Na dúvida, é sempre recomendado não beber. 

Reações que podem ser provocadas pela associação indevida de álcool e medicamentos:


Álcool + dipirona = potencializa o efeito do álcool


Álcool + paracetamol = intoxicação no fígado


Álcool + antibióticos = aumento do metabolismo e não eficácia do medicamento


Álcool + metronidazol = vômitos, dores de cabeça, hipotensão e intoxicação


Álcool + sibutramina ou anfetaminas = tonturas, confusão mental e intoxicação


Álcool + AAS = aumenta o risco de sangramento do estômago e intestino


Álcool + cetoconazol = vômitos, dores de cabeça, hipotensão e intoxicação


Álcool + calmantes (Ansiolíticos/Benzodiazepínicos)= depresssão do sistema nervoso central, parada respiratória e coma


Álcool + antidiabéticos (insulina e Metformina) = hipotensão aguda e dano no fígado


Álcool + anti-hipertensivos (captopril) = arritimia cardíaca e desmaios


Álcool + antidepressivos (fluoxetina) = diminuição do metabolismo e potencialização do efeito


Fonte : CRF-MG

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