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Qual é melhor? Forxiga (Dapagliflozina) ou Glifage XR (Metformina de Liberação Prolongada)

 


O controle eficaz da glicemia é fundamental no manejo do diabetes mellitus tipo 2, uma condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. 

Entre os diversos medicamentos disponíveis para o tratamento dessa doença, Forxiga (dapagliflozina) e Glifage XR (metformina de liberação prolongada) se destacam devido aos seus mecanismos de ação distintos e benefícios clínicos comprovados. 

Compreender as diferenças entre esses tratamentos é essencial para a escolha da terapia mais adequada, garantindo um controle glicêmico eficiente e uma melhor qualidade de vida para os pacientes.

Forxiga (Dapagliflozina)

Mecanismo de Ação

Forxiga é um medicamento da classe dos inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (SGLT2). Ele atua nos rins, inibindo a reabsorção de glicose no túbulo renal proximal, aumentando assim a excreção de glicose pela urina. Isso resulta em uma redução dos níveis de glicose no sangue.

Tempo de Ação

A dapagliflozina é rapidamente absorvida após a administração oral, com a concentração máxima no plasma ocorrendo em aproximadamente 2 horas após a dose. A meia-vida de eliminação é de cerca de 12,9 horas, permitindo uma administração diária.

Eficácia no Controle da Glicose

Estudos clínicos demonstraram que Forxiga pode reduzir significativamente os níveis de hemoglobina A1c (HbA1c), glicose de jejum e glicose pós-prandial. Ele também tem benefícios adicionais, como perda de peso e redução da pressão arterial.

Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns incluem infecções genitais e do trato urinário, devido ao aumento de glicose na urina, além de desidratação, hipotensão e um pequeno risco de cetoacidose diabética.

Glifage XR (Metformina de Liberação Prolongada)

Mecanismo de Ação

A metformina é um medicamento da classe das biguanidas. Ela reduz a produção de glicose pelo fígado, diminui a absorção intestinal de glicose e melhora a sensibilidade à insulina, aumentando a captação e utilização de glicose pelas células musculares.

Tempo de Ação

A formulação XR (liberação prolongada) permite uma liberação gradual da metformina no trato gastrointestinal, o que prolonga a sua ação e mantém níveis plasmáticos mais estáveis. A absorção ocorre ao longo de 6 horas após a administração, e a meia-vida de eliminação é de aproximadamente 6,2 horas.

Eficácia no Controle da Glicose

A metformina é eficaz na redução dos níveis de HbA1c, glicose de jejum e glicose pós-prandial. Além disso, tem benefícios adicionais, como a melhora do perfil lipídico e a perda de peso ou manutenção do peso.

Efeitos Colaterais

Os efeitos colaterais mais comuns da metformina incluem desconforto gastrointestinal, como náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. A formulação XR tende a ter menos efeitos colaterais gastrointestinais em comparação com a formulação de liberação imediata. Em raros casos, a metformina pode causar acidose láctica, uma condição grave.

Comparação: Controle da Glicose, Efeitos Colaterais e Tempo de Ação

  • Controle da Glicose: Ambos os medicamentos são eficazes na redução dos níveis de HbA1c, glicose de jejum e glicose pós-prandial. A escolha entre eles pode depender do perfil individual do paciente e da resposta ao tratamento.

  • Efeitos Colaterais: Forxiga tende a ter efeitos colaterais como infecções genitais e urinárias, enquanto Glifage XR pode causar desconforto gastrointestinal. Forxiga também tem um risco pequeno de cetoacidose diabética, enquanto a metformina tem um risco pequeno de acidose láctica.

  • Tempo de Ação: Forxiga é administrada uma vez ao dia e tem uma meia-vida de cerca de 12,9 horas, enquanto Glifage XR também é administrada uma vez ao dia, com uma meia-vida de eliminação de cerca de 6,2 horas. A liberação prolongada da metformina permite uma ação mais estável ao longo do dia.

A escolha do medicamento ideal deve ser feita pelo médico, levando em consideração as características individuais do paciente, suas necessidades específicas, e a resposta aos tratamentos anteriores.

Açúcar de Coco ajuda no Controle da Glicose



O açúcar de coco é obtido através da seiva encontrada dentro do coqueiro. Para obtê-lo, é preciso fazer um corte na flor do coqueiro. A seiva líquida recolhida passa por um aquecimento e é desidratada através do calor, o que resulta em cristais usados para adoçar alimentos.

O açúcar de coco tem a mesma capacidade de adoçar alimentos e calorias semelhantes, no entanto, o açúcar de coco tem menor índice glicêmico, o que significa que ele causa menores picos de glicose e de insulina no organismo.

O açúcar de palma de coco tem cerca de 375 calorias por 100g para as 387 calorias por 100 g de açúcar de mesa granulado regular, isso é cerca de 15 calorias em cada 4 g de colher de chá de açúcar de coco.

O açúcar de coco é rico em:

- Inulina;

- Vitamina B1 (tiamina);

- Vitamina B2 (riboflavina);

- Vitamina B3 (niacina)

- Vitamina B6 (pirodoxina);

- Potássio;

- Magnésio;

- Ferro;

- Zinco.

Inulina Reduz o índice glicêmico


A fibra inulina presente no açúcar de coco reduz o índice glicêmico (IG), já que faz com que os carboidratos sejam absorvidos de forma mais lenta pelo organismo. Além disso, ela é considerada uma fibra prebiótica, que ajuda na manutenção e crescimento da flora intestinal.

Um alimento com baixo índice glicêmico é aquele com glicose menor que 70 mg. Os intermediários, entre 70 e 90 mg. E os de alto índice, que devem ser evitados, maiores de 90 mg. O índice glicêmico do açúcar de coco é 35. O do açúcar comum, 68.

O índice glicêmico é a velocidade em que o carboidrato é digerido e transformado em açúcar no sangue. Os alimentos com alto índice glicêmico aumentam a quantidade de açúcar no sangue, fazendo com que o pâncreas trabalhe mais na liberação de uma quantidade maior de insulina para normalizar a glicose no sangue

Açúcar Refinado ou Açúcar de Coco

O açúcar refinado comum é formado por 50% de frutose e 50% de glicose, enquanto o xarope de milho compõe aproximadamente 55% de frutose e 45% de glicose. 


Apesar do açúcar de coco ter sido considerado livre de frutose, ele é composto por 80% de sacarose, cuja composição é de 50% de frutose. Por essa razão, o açúcar de coco fornece quase a mesma quantidade de frutose que o açúcar comum.

Dessa forma, apesar do açúcar de coco ter um perfil nutricional ligeiramente melhor do que o açúcar refinado comum, seus efeitos na saúde devem ser bastante semelhantes.

A frutose em excesso pode causar a síndrome metabólica - conjunto de condições que aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes - em indivíduos obesos

Diabéticos devem ter cuidado no consumo de Açúcar de coco


O açúcar de coco mesmo considerado mais saudável do que o açúcar normal ainda deve ser consumido com moderação. Por ser rico em frutose, o que é potencialmente ruim para uma série de condições de saúde.

O açúcar de coco é efetivamente livre de frutose, é feito de 70-80% de sacarose, que é metade de frutose.

Por essa razão, o açúcar de coco fornece quase a mesma quantidade de frutose que o açúcar comum. Consumido em excesso, açúcar de coco pode causar todos os tipos de problemas como síndrome metabólica, obesidade, diabetes e doenças cardíacas.

O açúcar de coco não parece induzir açúcar elevado no sangue ou hiperglicemia devido ao seu baixo IG, mas pode variar dependendo de como o açúcar de coco é processado e quando é colhido.

Estudos tem relacionado a inulina do açúcar de coco a um melhor controle glicêmico, bem como melhora nos indicadores de antioxidantes no organismo para aqueles com diabetes tipo 2.

No entanto, os pesquisadores sugeriram que mais investigações são necessárias para estabelecer essa conexão. O açúcar de coco oferece uma alternativa ao açúcar branco e ao açúcar de cana, ele possui alguns nutrientes, mas não o suficiente.

Brócolis ajuda controlar a glicose em pacientes com diabetes tipo 2



O brócolis é um vegetal da família das Crucíferas, é rico em cálcio ( 400 mg em 100 g de flores cruas), alto teor de ferro, vitamina A e Vitamina C, possui boa concentração de vitamina B1,B2 e B5 e minerais como potássio, fósforo e enxofre.

O brócolis além de ser muito nutritivo combate a anemias, inflamações, melhora a imunidade, previne a osteoporose e agora com descoberta de um novo estudo pode ajudar os pacientes com diabetes tipo 2 a administrar o açúcar no sangue.

Os pesquisadores descobriram um extrato concentrado de broto do brócolis que pode se tornar um suplemento valioso para a medicação existente e ajudar os pacientes com diabetes tipo 2 a administrar seu açúcar no sangue.

Diabetes tipo 2 tem se tornado uma epidemia mundial, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo estão afligidas pelo doença e devido ao risco de danos nos rins, cerca de 15% da população doente não pode tomar a terapia de primeira linha, Metformina.

De acordo com estudo publicados na Science Translational Medicine, os pesquisadores descobriram que o composto Sulforafano tem as melhores características para controlar a diabetes tornando um o produto químico promissor.

O sulforafano é um composto natural encontrado em vegetais como o Brócolis e inibe a produção de glicose em células cultivadas e melhora a tolerância à glicose.

No estudo ficou comprovado que o extrato de broto concentrado de brócolis diminui os níveis de açúcar no sangue em pacientes obesos com diabetes tipo 2.

O Sulforafano visa um mecanismo central na diabetes tipo 2 e tem um perfil leve de efeitos colaterais. Como alimento funcional, pode atingir os pacientes mais rapidamente do que uma medicação.

O suplemento a base de sulforafano ainda não chegou ao mercado, mas pacientes diabéticos podem incluir na dieta o brócolis. Pode ser feito cozido no vapor, fazer a cocção ou utilizar cru, picado em saladas.

Modo de Preparo - Brócolis saudável

1 - Em uma panela coloque o brócolis com água por 5 minutos.


2 - Em outra panela coloque o azeite, após aquecer adicione a cebola, o alho e um pouco de sal, deixe fritar bem.

3 - Escorra o brócolis da água e junte na panela para fritar, deixe até o verde mudar de tonalidade.

Com informações de News medical

Quantidade excessiva de frutas pode intoxicar o fígado


Sabia que comer quantidade excessiva de frutas durante o dia pode intoxicar o fígado?

O periódico Cell Metabolism mostrou que uma dieta com alto nível de frutose prejudica a capacidade do fígado. O excesso de frutose faz com que o fígado acumule gordura. Ele age quase como adicionar mais gordura à dieta.

No estudo os cientistas analisaram os níveis de acilcartinitinas nas células do órgão de animais. As acilcartinitinas são produzidas quando o fígado queima gorduras e, em níveis altos, mostram que ela não está sendo queimada. Os pesquisadores perceberam que nos animais que consumiam uma dieta rica em gordura e frutose tinham níveis maiores de acilcarcitinas. Já nos que consumiam uma dieta rica em gordura e glicose, os níveis eram mais baixos.

Além da substância, os cientistas também monitoraram a atividade de uma enzima chamada CPT1a. Quando ela está alta indica que as mitocôndrias estão realizando de forma errada seu trabalho de queima de gordura. Nas dietas ricas em gordura e frutose, os cientistas puderam observar que os níveis de CPT1a foram baixos.

Dietas com alto teor de gordura e frutose danificam as mitocôndrias, facilitam a síntese e armazenamento de gordura, em vez de queimá-la. Deste modo diabéticos devem ter muito cuidado com ingestão de frutas pois além de aumentar a glicose no sangue poderá intoxicar o fígado.  

Ingestão de Açucares aumenta mais o Nível de Fome


O cérebro responde de forma diferente a dois tipos de açúcar. O estudo apresentado no encontro anual do Colégio Americano de Neuropsicofarmacologia sugere que a frutose aumenta a resposta dos circuitos de recompensa do cérebro a estímulos alimentares, o que promove a ingestão de alimentos.

A obesidade é um problema grave de saúde pública, tendo sido considerada pela Organização Mundial de Saúde como a epidemia do século XXI. Acredita-se que na base desta “epidemia” estejam as alterações do estilo de vida e o tipo de dieta adotada no último quarto de século, com um aumento especialmente preocupante do consumo de frutose.

Frutose - Glicose

A frutose é um açúcar simples encontrado na fruta, mas também adicionado a muitos alimentos, como açúcar refinado, sob a forma de xarope de milho rico em frutose. Por outro lado, a glicose, a principal fonte de energia do organismo, produz-se habitualmente através da decomposição de hidratos de carbono complexos.

Comparativamente com a ingestão de frutose, a ingestão de glicose produz pequenos aumentos nos níveis das hormônios da saciedade. Estudos realizados em ratinhos demonstraram que a administração direta de frutose no cérebro provoca uma necessidade de ingestão de alimentos, enquanto a glicose promove a saciedade. Estudos preliminares em humanos também sugeriram que contrariamente à frutose, a glicose reduz a atividade no hipotálamo, um evento que está associado à saciedade metabólica.

Neste estudo, os investigadores da Universidade do Sul da Califórnia, nos EUA, contaram com a participação de 24 indivíduos, entre 16 e 25 anos de idade, que ingeriram bebidas que continham glicose ou frutose. Através da realização de ressonâncias magnéticas funcionais, foram analisadas as respostas cerebrais e a motivação para ingerir alimentos, enquanto os participantes visualizavam imagens de comida.

De acordo com os investigadores, a ingestão de alimentos produz a ativação do núcleo de accumbens, uma parte do circuito de recompensa cerebral, e aumenta o desejo de comer.

O estudo apurou que ativação desta zona cerebral foi maior após a ingestão da bebida que continha frutose, comparativamente com aquela com glicose. A ingestão de frutose também conduziu a níveis mais elevados de fome e de motivação para comer, comparativamente com a glicose.

Segundo os investigadores este tipo de estudo tem implicações importantes para a saúde pública numa sociedade que está inundada por alimentos com elevado teor de açúcar e estímulos para consumir alimentos. Assim, estes resultados sugerem que o consumo de frutose pode promover a ingestão excessiva de alimentos.

Fonte : ALERT Life Sciences Computing, S.A.

Tipos de açúcar - Prejuízo para saúde





PRINCIPAIS TIPOS DE AÇÚCAR

FRUTOSE


Açúcar obtido de frutas, mel, de alguns cereais e vegetais e do xarope de milho. 

A frutose é metabolizada diretamente no fígado, não precisando de insulina para sua quebra primária. Por ter um gosto mais doce, vem sendo usada como adoçante em alimentos industrializados. Seu consumo excessivo pode sobrecarregar o fígado, levando ao acúmulo de gordura no órgão e à hepatite não-alcoólica.

SACAROSE

É o açúcar refinado, e também o mascavo, comprados em supermercados e que provêm da cana-de-açúcar ou de outros processos alcoólicos. Formado por uma molécula de glicose e uma de frutose, esse açúcar consome mais energia do organismo para sua quebra.

GLICOSE

É um açúcar simples, cuja fonte de energia é fundamental para o funcionamento do organismo. A glicose dificilmente é consumida em forma de alimento, sendo sua utilização pelo corpo fruto de processos químicos de degradação – como a quebra da frutose e da sacarose.

O QUE PODE CAUSAR O USO EXCESSIVO DE AÇÚCAR?

A quantidade ideal de consumo do açúcar ainda é controversa. A Associação Americana do Coração indica que mulheres consumam no máximo seis colheres de chá de açúcar por dia (30 gramas ou 100 calorias). 

Para os homens, o limite seria de nove colheres de chá (45 gramas ou 150 calorias). Em 2009, quando a recomendação foi publicada, o americano consumia em média 22 colheres de chá de açúcar todos os dias — o Brasil não tem estimativas seguras, mas calcula-se, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecimento, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, algo em torno de 150 gramas por dia, ou 30 colheres de chá.

Grande parte vem de uma fonte só: os refrigerantes. Embora as frutas sejam naturalmente ricas em frutose, contêm pouco açúcar. Uma maçã grande tem pouco mais de 23 gramas de açúcares, ou menos de cinco colheres de chá. Uma porção de morangos com 150 gramas tem menos de duas colheres de açúcar. Em uma lata de 350 mililitros de Coca-Cola, por exemplo, há 37 gramas de açúcar. Há outra vantagem no consumo de frutas: as fibras atrasam a digestão dos açúcares, evitando sobrecarga do fígado.
Em uma dieta de 2.000 calorias, por exemplo, o indicado é que 50% seja de carboidratos, independente do tipo. "Mas o brasileiro tem o hábito de consumir bastante açúcar. Um pouco disso se deve à característica do açúcar de ajudar a aliviar a tensão".

ACNE

Além do stress e dos hormônios, o açúcar também pode ser considerado um dos vilões para o aparecimento de acnes. Segundo pesquisas, ao elevar o índice glicêmico do corpo, a ingestão em excesso de açúcar afeta a produção da insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O desequilíbrio acaba promovendo uma produção em demasia de androgênios, e, por consequência, o aparecimento da acne. Estudo publicado no periódico Nutrients, por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, aponta que uma dieta com baixo índice glicêmico (pouco açúcar) ajuda a melhorar o aspecto da acne por mais tempo.

MIOPIA

Quando ingerimos muito açúcar, os níveis de glicose no sangue disparam. Para conter esse aumento desmedido, o corpo lança insulina no sangue. Assim, uma hiperglicemia acaba gerando uma hiperinsulimia. Segundo Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Ciências Evolutivas da Universidade de Montpellier, na França, e autor do livro Troglodita é você! (Ed. Paz e Terra, 256 páginas), repetidas hiperinsulimias têm respostas fisiológicas prejudiciais ao organismo. E uma delas afeta diretamente a maneira como você enxerga. Dados médicos relacionam essas elevações drásticas e constantes da insulina à desregulação do crescimento dos eixos óticos oculares (local do olho por onde entra a luz que chega à retina), uma das causa da miopia. O açúcar também, em quantidade elevada no sangue, deixa os líquidos dos olhos mais densos, o que desidrata o cristalino e também pode levar à miopia.

SÍNDROME METABÓLICA

A síndrome se caracteriza por níveis de triglicerídeos elevados (um tipo de gordura que em alta concentração é prejudicial), baixo nível de colesterol HDL (considerado o colesterol "bom"), hipertensão arterial, resistência aos efeitos da insulina e, glicemia. Todas essas condições são problemas que contribuem para doenças cardiovasculares. De acordo com artigo de agosto de 2011, publicado no periódico médico Archives of Medical Science por uma equipe internacional de pesquisadores, a síndrome metabólica pode ser o resultado da ingestão de uma alimentação com alto índice glicêmico, particularmente de frutose. Segundo o artigo, estudos anteriores em animais já haviam demonstrado que a exposição do fígado a quantias elevadas de frutose leva a um acúmulo de triglicerídeos.

Artigo publicado no periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2009, aponta ainda que o consumo excessivo de açúcar está relacionado com a presença de altos índices de triglicérideos e baixos níveis de HDL. No estudo, os voluntários que ingeriram as maiores quantidades de açúcar apresentaram os níveis mais elevados de colesterol. Segundo a Associação Americana do Coração, o consumo excessivo de açúcar é um fator de risco, sendo apontado, inclusive, como uma das possíveis causas para a epidemia de obesidade.

HIPERTENSÃO


Ingerir bebidas açucaradas em excesso pode elevar os riscos de pressão alta. De acordo com uma pesquisa da Escola de Saúde Pública do Imperial College London, da Inglaterra, consumir mais de 355 mililitros de suco de fruta com açúcar ou de refrigerantes pode aumentar a pressão sanguínea em até 1,6 milímetro de mercúrio (mmHg, unidade padrão de medida da pressão arterial).

Publicada no periódico americano Hypertension em março deste ano, a pesquisa não conseguiu descobrir qual o mecanismo exato de ação do açúcar na pressão. Uma das hipóteses levantada pelos cientistas, no entanto, é de que, quando presente em grandes quantidades no sangue, o açúcar desequilibra o tônus do vaso sanguíneo, além de desregular os níveis de sal – aumentando, assim, a pressão.

GOTA


Bebidas ricas em frutose, como refrigerantes e suco de laranja, podem aumentar os riscos de gota em mulheres na menopausa, em função do aumento nos níveis de ácido úrico. A gota é uma condição causada pelos depósitos de cristais de urato de sódio, que se acumulam nas articulações. Isso acontece quando há níveis altos de ácido úrico no sangue. Segundo pesquisa da Universidade de Boston publicada no periódico The Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2010, o consumo de uma dose de refrigerante por dia aumentou em 74% as chances da doença em mulheres já predispostas ao problema.

DERRAME

Pesquisadores do Instituto de Bem-Estar da Clínica Cleveland e da Universidade de Harvard descobriram que o consumo elevado de refrigerantes açucarados está associado com riscos mais elevados de derrame. O açúcar presente nas bebidas pode levar ao aumento dos índices de glicose e insulina no sangue, o que, com o tempo, pode levar à intolerância à glicose, resistência à insulina e inflamações. Essas mudanças fisiológicas influenciam na arteriosclerose, na estabilidade das plaquetas no sangue e na trombose – três importantes fatores de risco para o derrame isquêmico (derrame causado pela interrupção do fornecimento de sangue ao cérebro). O estudo foi publicado no periódico American Journal of Clinical Nutrition.

CÂNCER

Segundo estudo feito pela Faculdade de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos, índices elevados de açúcar no sangue estão associados ao aumento nos riscos de câncer colorretal em mulheres. Na pesquisa, publicada no British Journal of Cancer, aquelas mulheres que tinham os níveis mais elevados de açúcar no sangue apresentaram duas vezes mais chances de desenvolver o câncer.

MEMÓRIA

Consumir altas quantias de frutose diariamente pode prejudicar o aprendizado e a memória. É o que indica uma pesquisa publicada recentemente no periódico Journal of Physiology. No estudo, conduzido por uma equipe da Universidade da Califórnia, ratos que ingeriram xarope de milho rico em frutose (encontrada em produtos industrializados, como refrigerantes, condimentos e comidas de bebê) tiveram prejuízo na memória e queda no número de sinapses cerebrais. Essa queda nas sinapses acabou por deixar o cérebro mais lento. A boa notícia é que a ingestão de alimentos com ácidos graxos ômega-3 protege contra os danos causados pelo açúcar.

Fonte:veja.abriL

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