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O Impacto do Estresse no Ganho de Peso


O estresse é uma resposta natural do corpo a situações desafiadoras, mas ele também pode contribuir significativamente para o ganho de peso. Quando o cérebro percebe uma situação de estresse, seja físico ou psicológico, ele reage como se estivesse em perigo, acionando uma série de respostas fisiológicas.

O Papel do Cérebro e dos Hormônios

Durante momentos de estresse, o cérebro ordena ao corpo que se prepare para uma possível ameaça. Isso inclui a liberação de hormônios como adrenalina e cortisol. 
A adrenalina aumenta a frequência cardíaca e eleva os níveis de energia. No entanto, é o cortisol que desempenha um papel crucial no aumento da fome. Esse hormônio sinaliza ao organismo que ele precisa reabastecer suas reservas de energia, o que aumenta o apetite, especialmente por alimentos ricos em calorias e gorduras.

Comportamento Alimentar Sob Estresse

Devido ao aumento do apetite induzido pelo cortisol, muitas pessoas acabam optando por alimentos reconfortantes, como doces e comidas gordurosas. 

Esses alimentos estimulam a liberação de substâncias químicas no cérebro associadas ao prazer, ajudando a reduzir a tensão temporariamente. "A maioria acaba se enchendo de doces e comidas ricas em gordura porque elas estimulam o cérebro a liberar substâncias químicas ligadas ao prazer, que reduzem a tensão", explica Elissa Epel, da Universidade da Califórnia.

Impactos Metabólicos


Além de aumentar a fome, o cortisol também tem outros efeitos prejudiciais no corpo. A produção contínua desse hormônio pode levar a uma redução na produção de testosterona, um hormônio essencial para o crescimento muscular. 

Com o tempo, isso pode resultar em uma diminuição da massa muscular, o que reduz a taxa metabólica basal e, consequentemente, a quantidade de calorias que o corpo queima em repouso.

Armazenamento de Gordura Visceral

Outro efeito preocupante do cortisol é o estímulo ao armazenamento de gordura, especialmente a gordura visceral. Este tipo de gordura é armazenada ao redor dos órgãos vitais e é particularmente perigosa porque pode liberar ácidos graxos no sangue, elevando os níveis de colesterol e aumentando o risco de doenças cardíacas e diabetes.

Dicas para Diminuir o Estresse

O estresse, embora uma parte inevitável da vida, pode ter impactos significativos na saúde e no peso corporal. 

Compreender a relação entre estresse e ganho de peso pode ajudar na busca por estratégias mais eficazes para gerenciar o estresse e manter um peso saudável. 

É essencial buscar métodos de alívio do estresse que não envolvam o consumo de alimentos pouco saudáveis, como exercícios físicos, meditação e outras atividades relaxantes.

Medicamentos que podem causar aumento de peso






Corticóides, pílulas anticoncepcionais, antidepressivos, ansiolíticos e algumas substâncias usadas no combate aos sintomas da menopausa são uma das principais drogas que podem facilitar o ganho excessivo de peso.

Muitas pessoas queixam-se de ganhar peso e geralmente isso acontece devido à retenção de líquido, lentidão no metabolismo ou aumento no apetite causado pelos próprios medicamentos. Desta forma é aconselhado ao paciente pedir ao médico a substituição de um medicamento que gere aumento de peso por outro que não tenha esse efeito, sempre que possível.

Controlar mais de perto a dieta e priorizar a realização de atividades físicas são as melhores formas de combater o problema, pois o principal motivo de ganho de peso sempre é o comer mais.


Medicamentos que podem gerar ganho de peso

Antidepressivos tricíclicos


Medicamentos como a amitriptilina e nortriptilina causam aumento de apetite e, por consequência, ganho de peso que pode significar em até 2,5 kg a mais por mês, porém com uma dieta regrada e exercícios físicos regulares o ganho de peso pode ser controlado.

Leia aqui: Quanto tempo demora para que os Antidepressivos faça efeito?

Anti-histamínicos 


Os mais usados são cetirizina ou fexofenadina (allegra), dexclorfeniramina (histamim).

Os anti-histamínicos são componentes de muitas medicações anti-alérgicas. Alguns antidepressivos têm efeito anti-histamínico e podem aumentar a fome.

Medicações anti-psicóticas da classe dos anti-psicóticos atípicos

Olanzapina, quetiapina - usada para esquizofrenia e transtorno bipolar, e risperidona – usada no tratamento do transtorno bipolar, psicose e transtorno obsessivo compulsivo.

Esses medicamentos ocasionam aumento de resistência insulínica podendo levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2, podem provocar algumas alterações em nível celular, alterando o metabolismo da glicose.

Os antipsicóticos (usados no tratamento da esquizofrenia), os antiepiléticos e a cinarizina (indicada para casos de labirintite) também aumentam o apetite. Esses medicamentos interferem na ingestão alimentar, quer por aumentar a fome ou por diminuir a saciedade.

Anti-hipertensivos beta-bloqueadores


Atenolol, metoprolol (selozok), eles aumentam a sensação de fadiga, contribuindo para a inatividade física e redução do gasto energético.

Corticoides

Os corticoides mais conhecidos são dexametasona, betametasona, prednisona, beclometasona.

Esses medicamentos aumentam a retenção hídrica (incham) e geram resistência insulínica (aumentam a glicose no sangue). Além disso, são estimuladores do apetite e podem reduzir a taxa metabólica.

O corticoide estimula o aumento do tecido gorduroso e a redução da massa muscular, mas isto depende diretamente de uma série de fatores como pré-disposição genética e dose do medicamento ingerido.

Com doses altas de corticoide por um tempo prolongado podem causar ganho até 20 quilos em um ano, pois a cortisona piora o funcionamento do hormônio insulina. A sensação é de um descontrole de fome. Isso só acontece quando o uso é crônico, por mais de um mês. Em quem toma esporadicamente, não acontece nada.

Leia aqui: Uso Prolongado de Corticoides pode causar Diabetes e Hipertensão

Medicamentos para o controle do diabetes


As drogas da classe das sulfoniluréias: glibenclamida, glicazida e glimepirida, aumentam os níveis de insulina no sangue, ocasionando aumento de apetite e acúmulo de gordura. O uso de insulina também está associado ao aumento de peso.

Outros medicamentos da classe das glitazonas – pioglitazona e rosiglitazona – geram retenção hídrica e aumentam o processo de diferenciação das células de estoque de gordura.

Estabilizadores de humor

Medicamentos como ácido valpróico e o carbonato de lítio causam aumento de apetite e, portanto, ganho de peso. O carbonato de lítio costumam aumentar muito a fome.

Anticoncepcionais


Anticoncepcionais de dosagens mais altas, (1º geração) são associados ao ganho de peso por retenção hídrica.

Os anticoncepcionais a base de estrógeno levam ao aumento de peso por retenção de líquidos. O estrógeno pode, eventualmente, alterar o metabolismo, deixando a pessoa um pouco menos saciada e com sensação de estômago vazio. Prefira os anticoncepcionais que contêm progesterona.

Leia aqui: Anticoncepcionais - Qual devo Usar?


Dicas

Como vários medicamentos podem causar o ganho de peso é interessante o paciente ao sentir os efeitos indesejados pedir o médico a substituição de um medicamento que gere aumento de peso por outro que não tenha esse efeito, sempre que possível.

Porém se o uso do medicamento for inevitável, o mais importante é controlar a dieta mais de perto e de forma mais rígida e praticar exercício físico que nesses casos é fundamental para manter o peso.

Leia aqui: Principais Interações entre Medicamentos

Comer em horários irregulares influencia no ganho de peso



Coma menos, se exercite mais; novas evidências agora apoiam o antigo mantra de quem quer emagrecer: alimente-se no horário certo

Estudo da Universidade Northwestern publicado na edição de setembro da revista Obesity revelou o que já se suspeitava há muito tempo: comer em horários irregulares, como tarde da noite, quando o corpo já quer descansar, influencia o ganho de peso. A pesquisa é a primeira a estabelecer uma relação entre o horário da refeição e o aumento de peso.

“Como ou por que uma pessoa engorda é complicado, mas está claro que não depende apenas de quantas calorias se ingere e quantas se gasta”, disse Fred Turek, professor de neurobiologia e fisiologia do Centro para o Sono, da Universidade. Segundo ele, agora está claro que a regulação de energia pelos ritmos circadianos do corpo tem um importante papel. 

“Um horário mais adequado para as refeições, que boa parte das vezes requer uma mudança de hábitos e comportamento, é um elemento crítico que determina a maior ou menor velocidade com que uma pessoa se torna obesa”.

De acordo com os pesquisadores, ratos que comem uma dieta rica em gordura durante o horário no qual deveriam estar dormindo ganharam 48% mais peso que animais que se alimentaram da mesma quantidade de comida, mas em um momento do dia correspondente ao período de atividade. O relógio biológico, também chamado de ritmo circadiano, governa os ciclos diários de alimentação, atividade e sono, respeitando os períodos de luz e ausência de luz (dia e noite).

Estudos recentes já haviam demonstrado que o relógio biológico também regula o uso de energia, sugerindo que o horário em que nos alimentamos também influencia o equilíbrio entre o número de calorias gastas e consumidas.

Com Informação de : Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

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